Dez estados aderem à Campanha Salarial Nacional Unificada dos Jornalistas

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A Campanha Salarial Nacional Unificada das e dos Jornalistas Brasileiros já é uma realidade em 10 estados do país. Apesar de as datas-bases serem em meses diferentes, os Sindicatos que representam os profissionais nessas unidades federativas estão utilizando a pauta nacional e a marca da mobilização unificada em suas negociações e ações políticas.

Já estão participando da campanha nacional os Sindicatos estaduais em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, São Paulo, Tocantins e no Paraná (sindicato estadual e o sindicato de Londrina e região). No Rio de Janeiro, os colegas da base do sindicato da capital (Município do Rio).

Lançada em novembro passado, durante o 22º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI), a Campanha Salarial Nacional Unificada das/dos Jornalistas  tem o objetivo de apresentar nacionalmente as lutas da categoria, reivindicando aos patrões princípios em comum como aumento real dos salários, correção de perdas salariais, inclusão de direitos (como auxílios alimentação, creche e saúde) e combate à violência e ao assédio.

Princípios e pauta comum

A Campanha Salarial Nacional Unificada das/dos Jornalistas 2024 foi elaborada com a assessoria técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e contempla um conjunto de cláusulas sugeridas pelos Sindicatos de Jornalistas espalhados pelo Brasil, após três plenárias nacionais e um formulário digital para coleta das sugestões. Os principais eixos/princípios são:

  • aumento real de salários
  • correção de perdas salariais
  • implementação de plano de carreira e promoções
  • respeito à carga horária
  • remuneração de horas extras
  • protocolo de segurança para jornalistas
  • prevenção de violência e assédio
  • igualdade de oportunidades
  • saúde mental de jornalistas
  • contratação de jornalistas diplomados
  • defesa de carreira de jornalista no serviço público

A campanha é um ponto de partida para que os 31 Sindicatos filiados possam iniciar as suas negociações fortalecidos pela visibilidade nacional. A proposta, segundo a Secretaria de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da FENAJ, é ter um calendário de lutas que vigore nos 12 meses de 2024, “até o último sindicato fechar sua convenção ou acordo coletivo”.