Os sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Rio Grande do Sul realizam nesta quinta-feira (22/12) assembleia geral com os servidores da Fundação Piratini para definir as ações a serem desenvolvidas após a aprovação, pela Assembleia Legislativa do estado, do projeto que extinguiu seis fundações importantes para o Estado, entre elas a Piratini, responsável pela TVE e a FM Cultura.
O encontro tem como objetivo definir quais ações que serão tomadas após a aprovação do Projeto de Lei (PL) 246/2016, que extingue seis fundações, entre elas a Piratini.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) repudiou mais essas perdas para a sociedade gaúcha. Em especial a da comunicação pública, “que historicamente é tratada com desprezo no país e morre pelas mãos de quem nem ao menos sabe dissociar o público do estatal, o que é do povo por direito”.
Cerca de 200 servidores, entre jornalistas e radialistas, acompanharam de longe, desolados, a votação dos seus futuros na madrugada de quarta-feira. A Assembleia foi cercada pela Brigada Militar. Ao invés de serem ouvidos, servidores públicos e jornalistas receberam gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha.
Os trabalhadores da Fundação Piratini prosseguem até esta sexta-feira (23) com a greve iniciada na segunda-feira. “Já denunciamos ao Ministério Público do Trabalho este processo de demissões coletivas, reforçaremos o apoio aos profissionais da TVE e da FM Cultura e tomaremos todas as medidas possíveis contra este ato desumano do Governo do Estado”, diz o presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, Milton Simas. “Infelizmente, estamos diante de um governo que não dialoga com os trabalhadores e o quadro de insegurança reina entre os profissionais das seis fundações”. completa.