Os jornalistas e radialistas que prestam serviços pela Fundac no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo TV Justiça e Rádio Justiça, aprovaram, por unanimidade, nesta segunda-feira (21), o estado de greve da categoria. A decisão, tomada em assembleia geral unificada, ocorre em meio a uma série de denúncias de irregularidades, que variam desde a ausência de recolhimento do FGTS dos trabalhadores e das trabalhadoras, parcelamento de auxílio-alimentação, atraso ou não pagamento de férias e atraso no pagamento de contrato de prestação de serviços por Pessoas Jurídicas (PJs). A situação abrange tanto jornalistas quanto técnicos radialistas e vem sendo acompanhados de perto pelas entidades sindicais das duas categorias, que buscam gestores da Fundac para regularizar a situação.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) chegou a emitir um ofício no início do mês, questionando as situações e cobrando a comprovação da regularização dos pagamentos. Em resposta, a Fundac informou que “em sua quase totalidade”, os pontos questionados “foram devidamente regularizados, como é o caso do pagamento das férias, benefícios e contratos RPA”. Apesar disso, a entidade não apresentou comprovações de regularidade.
Com o estado de greve aprovado, os trabalhadores aguardam novas rodadas de reuniões com a Fundac para que um plano de saneamento das irregularidades trabalhistas seja aplicado na prática de forma consistente. Caso os atrasos e problemas apontados persistam, a categoria poderá decidir por uma paralisação temporária ou greve por tempo indeterminado, o que poderá afetar a programação das emissoras estatais. Os sindicatos já oficiaram o STF para que também tomem as devidas providências contra atrasos em direitos trabalhistas básicos de trabalhadores que prestam serviço essencial de transparência pública e direito à informação da sociedade sobre os trabalhos da Suprema Corte do país.
Uma nova assembleia conjunta de jornalistas e radialistas deverá ser realizada em agosto
