Foto: Tony Winston (MS)
Depois do Dia Nacional de Luta Pela Vacinação de Jornalistas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu, no sábado (12/06), a inclusão da categoria na lista dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.
A categoria faz parte das consideradas essenciais durante a pandemia por um decreto do governo federal publicado no começo da pandemia. A Federação Nacional dos Jornalistas e os sindicatos defendem a inclusão no PNI de todos os jornalistas que atuam, nas assessorias e redações, na linha de frente da cobertura da epidemia.
Queiroga disse que submeteu o pedido de inclusão dos jornalistas à coordenação do PNI, mas que a decisão final dependerá da análise de critérios epidemiológicos. “Eu já submeti à coordenação do PNI para que os jornalistas sejam considerados questão de prioridade. Naturalmente que não isso é uma decisão discricionária do ministro. Quem vai decidir é a câmara técnica do PNI”, afirmou Queiroga, três dias depois da mobilização nacional dos jornalistas, durante evento médico no Rio de Janeiro.
O pedido para priorização é alvo de um ação judicial, movida pela FENAJ e alguns sindicatos, que aponta alto grau de mortalidade entre os profissionais da comunicação. Segundo relatório feito pelo Departamento de Saúde da federação, desde a pandemia 235 jornalistas já morreram vitimados pela Covid-19. São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Amazonas são os estados com o maior número de casos registrados e respondem por 37,8% das ocorrências. O pico de mortes na categoria foi em março, quando foram registrados 51 óbitos. Esse ano, até o dia 2 de junho, já foi registrada, em média, uma morte por dia.
Confira os dados do dossiê mortes por Covid-19 entre jornalistas
(atualização em 2 de junho de 2021)
Número de mortes: 80 em 2020 / 155 em 2021
Mês com maior número de casos: março de 2021 (51 mortes)
Estados com maior número de mortes (somam 37,8% das ocorrências):
SP: 27
RJ: 24
PA: 19
AM: 17
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