Equipe da TV Mirante é impedida de cobrir coletiva após a cassação de Jackson Lago

A cassação do mandato do ex-governador Jackson Lago (PDT) respingou na afiliada da Rede Globo no Maranhão, a TV Mirante. E as vítimas foram os profissionais da emissora que cobriram a entrevista coletiva no dia 16 de abril, após o anúncio da decisão do Tribunal Superior Eleitoral. O Sindicato dos Jornalistas protestou contra a violência e solidarizou-se com os profissionais agredidos.

Uma entrevista coletiva foi convocada para a noite do dia 16, no Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão, após a confirmação da cassação do mandato de Jackson Lago. Como outras equipes de reportagem, a do Sistema Mirante de Comunicação foi autorizada a entrar. Mas os ânimos se alteraram quando o ex-governador afirmou não poder acreditar que o “sistema mentira de comunicação” estivesse presente.

Ato contínuo, apoiadores de Lago passaram a gritar “fora, fora”, insultar e empurrar a equipe formada pelos repórteres Anderson Siqueira, Werton Araújo (que recebeu um soco nas costas) e pelo iluminador Aderson Siqueira. Sob forte constrangimento e impedidos de realizar seu trabalho, os profissionais foram expulsos do recinto.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, “foi difícil durante todo o período como chefe de Poder Executivo Estadual, compreender o que levou o ex-governador Jackson Lago a não manter um equilíbrio institucional entre sua administração e os deveres da imprensa”. Na nota expedida no dia 17 de abril, o Sindicato protestou contra a ofensa ao exercício profissional, hipotecou sua solidariedade à equipe agredida e orientou os profissionais para que “não declinem do direito de procurar os reparos pelos meios legais e civilizados”.