Jornalistas relatam em ato de desagravo violência sofrida durante manifestação em São Paulo

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agressao_sp_internaO Sindicato dos Jornalistas de São Paulo realizou no dia 31, um dia antes da data comemorativa do Dia da Imprensa, ato de desagravo aos seis jornalistas agredidos por policiais militares e guardas civis durante a chamada Marcha pela Liberdade de Expressão (ou “Marcha da Maconha”), realizada no dia 21 de maio, nas proximidades da Avenida Paulista. Veja, ainda, a vitória do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas em quatro dissídios que beneficiam os jornalistas da Imprensa Oficial do Estado e as homenagens na data que marca os nove anos do assassinato do Jornalista Tim Lopes no Rio de Janeiro. 

O ato “Contra Violência e em Defesa da Liberdade de Expressão”, realizado na sede do Sindicato paulista, reuniu o repórter Fábio Pagotto e os fotógrafos Vinícius Pereira (Diário de S. Paulo) e Osmar Bustos (Cremesp e correspondente do jornal Página 12 e Toda Notícia, de Buenos Aires). Eles relataram as agressões sofridas durante a cobertura da manifestação. Os participantes elaboraram em conjunto carta aberta sobre a violência da PM contra os jornalistas, que será encaminhada às principais autoridades do Estado de São Paulo. 

Ao abrir a atividade, o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto), registrou que a entidade fez questão de trazer os jornalistas para relatarem suas experiências na data que antecedeu a comemoração do Dia Nacional da Imprensa (1º de junho). 

“Este é um ato de desagravo contra violência e de solidariedade aos colegas que deveriam ter o direito à liberdade de imprensa assegurado. Estamos aqui para ouvir o relato dos companheiros e aprovar documento de repúdio que será enviado às autoridades. É impossível que o Estado brasileiro pactue com tal episódio lamentável, que nos remete ao tempo do regime militar”, disse Guto. 

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Justiça manda governo de Alagoas reajustar salário de jornalistas 
O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas obteve recentemente sentença favorável do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinando a reposição de 21,46% nos salários dos jornalistas da Imprensa Oficial do Estado. O índice corresponde à inflação de quatro anos (2007 a 2010), quando a Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais (Carph) negou-se a assinar Acordo Coletivo de Trabalho com o Sindicato. Além de saírem vitoriosos nos quatro dissídios coletivos anteriores, o Sindicato e os jornalistas da Imprensa Graciliano Ramos (antiga Sergasa) estão em vias de conquistar a reposição salarial de 2011. Em audiência realizada no dia 27 de maio, a presidente do Tribunal considerou razoável que a Companhia repasse aos jornalistas o mesmo reajuste concedido aos servidores estaduais (5,9%). A Carph deve se pronunciar nesta sexta-feira (3/06). Se não aceitar, o dissídio 2011 também irá a julgamento.

Atividades culturais lembram 9 anos da morte de Tim Lopes
Os nove anos da morte de Tim Lopes foram lembrados em uma série de atividades culturais nesta quinta-feira, dia 2 de junho, na Escola Estadual que leva o nome do jornalista assassinado por traficantes de drogas em 2002, no Rio de Janeiro. Apresentações musicais, teatrais e espetáculos de humorismo, além de oficinas de orientação e prática profissional, marcaram a data. Uma missa no Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, e um culto no Johrei Center de Copacabana também compuseram a programação de homenagens ao jornalista.

Com informações dos Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo, Alagoas e do Município do Rio de Janeiro