Bruxelas, 13 de junho de 2022 – A mídia está longe de fornecer uma cobertura compatível com a gravidade da crise climática, enquanto os jornalistas precisam de mais treinamento para melhorar sua cobertura das mudanças climáticas, revelou um novo relatório. pesquisa mundial da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
A FIJ instou a mídia, jornalistas e sindicatos a assumir a liderança na promoção do debate e da ação para combater a crise climática.
Os resultados da pesquisa global mostram que a grande maioria dos jornalistas (mais de 81%) está “muito preocupada” com as mudanças climáticas. No entanto, apenas um em cada quatro acredita que a mídia em seu país está fazendo um trabalho adequado de reportagem sobre esta crise.
Metade dos entrevistados diz que sua própria organização de notícias não oferece cobertura especial sobre as mudanças climáticas. Menos de 6% afirma ter tido acesso a formação específica nesta área, enquanto menos de 5% afirma ter um departamento dedicado a reportar sobre o clima.
Embora a pesquisa mostre que 54% dos jornalistas dizem que pelo menos alguns meios de comunicação em seu país relatam especificamente sobre as mudanças climáticas, os números variam de uma região para outra, com a mídia europeia oferecendo uma cobertura mais detalhada desse assunto.
Sindicatos de jornalistas devem avançar
Embora os sindicatos estejam cada vez mais colocando as questões das mudanças climáticas em suas agendas, os entrevistados acreditam que seus próprios sindicatos ainda têm espaço significativo para melhorias, com quase metade (46%) dizendo que sua organização sindical não tem uma política específica sobre mudanças climáticas.
Entre os sindicatos que adotaram políticas relacionadas às mudanças climáticas ou organizaram atividades de capacitação para seus membros, as principais ações foram:
– Desenvolver recomendações e diretrizes para jornalistas que reportam sobre a crise climática
– Oferecer treinamento específico para suas afiliadas sobre questões climáticas
– Adapte o preço das afiliações dos patrocinadores de acordo com sua política ambiental
– Aplicar medidas para reduzir a pegada ecológica da organização.
Tarefas para o Grupo de Trabalho Climático da FIJ
Os jornalistas pesquisados pediram à Equipe de Ação Climática da IFJ que priorizasse:
- Treinamento para jornalistas sobre a crise climática
- Desenvolver as melhores práticas para jornalistas que reportam sobre a crise climática
- Trabalhar com outras organizações internacionais em campanhas sobre a crise climática
- Realização de eventos e conferências com jornalistas com experiência em reportagens sobre a crise climática.
- Reduzir as próprias emissões de carbono da organização
- Aprenda mais com os próprios membros da IFJ sobre como estão lidando com as mudanças climáticas.
A FIJ apresentou os resultados de sua pesquisa durante seu congresso mundial em Omã, onde os membros da FIJ renovaram e revigoraram o grupo de trabalho climático da FIJ.
O secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, disse: “Pedimos aos jornalistas de todo o mundo que mostrem a real ameaça representada pelas mudanças climáticas em suas reportagens e apliquem as melhores práticas para melhorar a cobertura do que já é a questão mais urgente do nosso tempo. A FIJ também incentiva todas as suas afiliadas a adicionar a crise climática às suas agendas e a trabalhar em conjunto para oferecer treinamento que ajude os jornalistas a cobrir as mudanças climáticas de maneira profissional e eficaz.”
