Presidenta da FENAJ defenderá taxação das big techs e criação de fundo público no 40º Congresso Nacional dos Jornalistas

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A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, participará, no dia 11 de dezembro, do Painel 2 – “Quais os caminhos possíveis para a sustentabilidade do Jornalismo?”, durante o 40º Congresso Nacional dos Jornalistas, que acontecerá de 10 a 13 de dezembro, no auditório do Sebrae da Asa Norte, em Brasília (DF). Na ocasião, Samira apresentará a proposta da Federação para a taxação das big techs e a criação de um fundo público permanente de apoio e fomento ao jornalismo, uma das pautas prioritárias da categoria.

O 40º Congresso Nacional dos Jornalistas é organizado pela FENAJ e pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJDF). Conta com patrocínio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apoio da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (FENAE), da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (FENAFISCO), do Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf-CE) e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).

A intervenção de Samira deverá destacar que plataformas digitais concentram a maior parte da receita publicitária do país enquanto utilizam — e lucram — com o conteúdo jornalístico produzido por profissionais brasileiros, sem qualquer contrapartida econômica. Para a FENAJ, corrigir essa assimetria é condição essencial para enfrentar a crise das redações, reduzir a precarização e fortalecer o jornalismo como bem público.

O fundo defendido pela FENAJ deverá priorizar veículos regionais, mídias independentes, rádios e TVs públicas, inovação tecnológica, formação profissional e iniciativas voltadas ao combate à desinformação.

Justiça informacional

O painel contará também com a participação do secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, João Brant, e do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que debaterão as iniciativas do governo e do Congresso para garantir a sustentabilidade econômica do setor.

Para Samira, discutir novos modelos de financiamento do jornalismo é parte fundamental da luta por democracia. “A taxação das big techs e o fundo público são propostas de justiça informacional e econômica. São medidas que garantem condições para que o jornalismo cumpra seu papel social e democrático”, deverá afirmar.

Trajetória e atuação

Jornalista graduada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Samira é redatora do Diário do Nordeste, onde já atuou como subeditora de Economia e repórter especial. Está entre os jornalistas mais premiados do Brasil e do Nordeste, segundo o Portal Jornalistas&Cia.

É presidenta da FENAJ, membro do Comitê Executivo do Conselho de Gênero da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e diretora Jurídica do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), que presidiu por dois mandatos (2013-2016 e 2016-2019). Também foi conselheira do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Ceará por dois mandatos.

Samira integra ainda o Conselho Consultivo da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadoras com Visão de Gênero e Raça (RIPVG-Brasil), trazendo sólida atuação profissional, sindical e social em defesa do jornalismo, da democracia, da equidade de gênero e dos direitos humanos.