Sindicato do DF e FENAJ protestam contra demissões no Correio Braziliense

Além de jornalistas, o processo de demissões no Correio Braziliense, dos Diários Associados, atingiu também diagramadores, repórteres fotográficos e outros profissionais. A direção do jornal ainda não informou publicamente o número de demitidos, nem as motivações para tal atitude.

Em nota publicada em seu site, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF lamentou que os Diários Associados “resolva pagar o preço da má gestão cortando de seus quadros pais e mães de família, e abrindo mão da qualidade de informação que deveria ser o foco principal de uma empresa jornalística”. A entidade prometeu rigor na homologação das rescisões contratuais.

Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, é preciso denunciar a “saída dessas más gestões, de empresas de comunicação, sempre sustentadas em argumentos de supostas crises” de demitir pessoal. “A demissão imotivada é socialmente injustificável e agride a Convenção 158 da OIT, que precisa ser institucionalmente reafirmada no Brasil”, protestou. Segundo Schröder, os Sindicatos de Jornalistas devem se contrapor jurídica e politicamente aos constantes processos de demissão nas empresas jornalísticas.

Jornalistas do Diário de Cuiabá intensificam combate ao atraso no pagamento de salários
Em assembléia geral realizada no dia 12 de dezembro os jornalistas do Diário de Cuiabá definiram por unanimidade ficar em estado de greve para cobrar da empresa o pagamento de salários atrasados a 4 meses. A categoria decidiu não aceitar o parcelamento em 16 vezes dos salários atrasados proposto pela empresa, encaminhar um levantamento sobre atualização de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outros direitos sociais e denunciar aos anunciantes e órgãos públicos que o jornal atrasa o pagamento de salários. Entre outras medidas jurídicas, além da ação já encaminhada pelo Sindicato dos Jornalistas que solicita bloqueio das contas do jornal e penhora de bens para regularização de salários no Diário de Cuiabá, será feita uma consulta ao Ministério Público para medida de interdição do jornal se os trabalhadores continuarem a ter salários atrasados.

MPT pede arquivamento de denúncia da Arfoc-Rio
A procuradora Júnia Bonfante Raymundo, do Ministério Público do Trabalho, encaminhou o arquivamento da denúncia feita pela direção da Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio (Arfoc-Rio) em relação ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio. A denúncia, protocolada em setembro, acusava o Sindicato de erros na condução da Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010 dos assessores de imprensa. “O Ministério Público entendeu que não havia fundamentos para abrir inquérito”, disse a advogada do Sindicato dos Jornalistas, Cláudia Duranti. A Arfoc-Rio recorreu da decisão.

O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio se dedica às negociações da Convenção de assessores de 2011/2012. Para o dia 10 de janeiro, às 19 horas, está marcada uma assembleia dos assessores de imprensa, no auditório da entidade.