Situação dos trabalhadores da imprensa se agrava, na Argentina

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O temor da perda de empregos e a incerteza de quando e como os salários serão recebidos são realidades que se multiplicam nas salas de redação da  Argentina, segundo a Federación Argentina de Trabajadores de Prensa.

Aos mais de dois mil profissionais de imprensa demitidos nos últimos quase dois anos, soma-se agora o anúncio do fechamento da Agencia Diarios y Noticias (DyN), que afetará uma centena de jornalistas.

Os atrasos e parcelamentos de salários, habituais em jornais como o Ámbito Financiero – da cidade de Buenos Aires – e El Diario – de Paraná, Entre Ríos – alcançou agora os trabalhadores do canal de notícias C5N.

O matutino econômico e a emissora de cabo são propriedade do Grupo Indalo, envolvidos em uma transferência de ações turbulentas com pessoas próximas ao governo nacional.

Um dos donos de El Diario, Luis Etchevehere, foi recentemente nomeado chefe do Ministério de Agroindústria daquela Nação, enquanto tramitam processos contra ele por evasão e lavagem de dinheiro.

Longe de se tratar de situações isoladas, poderia-se continuar listando os casos que se repetem em todos os estados.

Neste contexto, o Poder Executivo pretende implementar uma reforma trabalhista que legalize as práticas cotidianas de precarização levadas adiante pelos patrões que, aliás, não cumprem com as obrigações com a seguridade social e as obras sociais.

A angústia frente ao futuro limita o exercício do jornalismo crítico em um momento de crescentes protestos sindicais e sociais, que são criminalizados pelos diferentes poderes estatais.

A Federação Argentina de Trabalhadores da Imprensa (FATPREN) expressa sua solidariedade com os trabalhadores e trabalhadoras da imprensa em conflito, e reitera a necessidade de unidade na luta contra a sujeição dos direitos da categoria e acompanhará  todas as medidas que disponham as Comissões Gremiais Internas e seus sindicatos de base em todo o território nacional.

Com informações da FATPREN.