O operador de câmera da Fox News, Pierre Zakrzewski, e a produtora ucraniana Oleksandra Kuvshynova, também conhecida como Sasha, foram mortos em 14 de março enquanto reportavam de Horenka, uma cidade próxima a Kiev. O repórter da Fox News, Benjamin Hall, ficou gravemente ferido no mesmo ataque. As Federações Internacional e Europeia de Jornalistas (IFJ e EFJ) denunciaram o ataque a trabalhadores da mídia que reportam nas linhas de frente na Ucrânia e instaram a comunidade internacional a investigar esses ataques.
A Fox News informou que o veículo dos jornalistas “foi atingido por fogo” ontem, enquanto a tripulação se dirigia para a cidade de Irpin. Apenas a condição grave de Benjamin Hall após o ataque foi inicialmente divulgada.
Hoje, a CEO Suzanne Scott anunciou o assassinato de Pierre Zakrzewski: “É com grande tristeza e com o coração pesado que compartilhamos a notícia desta manhã sobre nosso amado cinegrafista Pierre Zakrzewski”.
De acordo com relatos da mídia, Zakrzewski, 55, era um cidadão irlandês baseado em Londres que cobriu muitas histórias internacionais para a Fox News do Iraque ao Afeganistão e Síria. Oleksandra Kuvshynova era uma jornalista ucraniana de 24 anos. Ela estava trabalhando com a equipe da Fox News há um mês.
Autoridades ucranianas disseram hoje que Benjamin Hall ainda estava hospitalizado e teve que amputar parte de sua perna.
Quatro jornalistas foram mortos desde o início do conflito em 24 de fevereiro. O jornalista norte-americano Brent Renaud foi morto a tiros no domingo passado nos subúrbios de Kiev. O jornalista ucraniano Yevheniy Sakun morreu no bombardeio da torre de televisão em Kiev em 1º de março. Pelo menos cinco jornalistas ficaram feridos.
O secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, disse: “Esta guerra está sendo incrivelmente difícil de cobrir para os trabalhadores da mídia na linha de frente, que sofrem ataques direcionados diariamente. Enviamos nossas condolências às famílias e amigos de nossos colegas. Ataques direcionados a jornalistas que cobrem a guerra constituem crimes de guerra que não podem ficar impunes”.
O secretário-geral da EFJ, Ricardo Gutiérrez, afirmou: “Parece claro que os jornalistas agora estão sendo deliberadamente visados. Estes são crimes de guerra e os perpetradores devem ser processados como tal. Hoje à noite nossos pensamentos estão com os entes queridos de Pierre e Oleksandra”.
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