Oksana Baulina, jornalista russa do meio de comunicação investigativo The Insider, foi morta quando tropas russas bombardearam um bairro residencial em Kiev, capital da Ucrânia, informou a mídia nesta quarta-feira (24/03). A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação Europeia de Jornalistas (EFJ) mais uma vez condenam o bombardeio de alvos civis pelo exército russo.
Baulina trabalhou para a Fundação Anticorrupção de Navalny até ser declarada uma organização extremista no ano passado. Isso a levou a deixar o país e continuar reportando sobre corrupção na Rússia para o The Insider , disse o meio de comunicação.
Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia há um mês, Baulina publicou vários relatórios no The Insider de Kiev e Lviv, no oeste da Ucrânia. “The Insider expressa suas mais profundas condolências à família e amigos de Oksana”.
Os colegas de Baulina lamentaram sua perda nas redes sociais:
Sergiy Tomilenko, chefe do sindicato dos jornalistas ucranianos, confirmou a morte de Baulina em um comunicado no Facebook, dizendo que ela estava relatando as consequências de um bombardeio quando foi atingida por novos tiros. Mais cedo, o grupo de Tomilenko disse que um cinegrafista de uma estação de televisão local na cidade sitiada de Mariupol, no sul, também havia sido morto.
Pelo menos cinco outros trabalhadores da mídia foram mortos durante a invasão russa da Ucrânia:
Yevheniy Sakun , um cinegrafista ucraniano da LIVE TV, morto em 1º de março durante um ataque com foguete na torre de TV de Kiev;
o jornalista ucraniano Viktor Dedov , morto em 11 de março em Mariupol depois que seu apartamento foi bombardeado;
Brent Renaud, jornalista americano morto a tiros em Irpin em 13 de março;
Pierre Zakrzewski , operador de câmera da Fox News, e a jornalista ucraniana Oleksandra “Sasha” Kuvshynova , mortos em 14 de março enquanto faziam uma reportagem de Horenka.
