Ato no Senado condena terrorismo, anti-islamismo e defende liberdade de expressão

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charlie_internaMais de 40 representantes de embaixadas, além de parlamentares, líderes religiosos e jornalistas participaram do ato pela paz, contra o terrorismo, a islamofobia e pela liberdade de expressão, no auditório do Interlegis, no Senado Federal, nesta quinta-feira (15/1). Os participantes condenaram os atentados ocorridos em Paris na semana passada, que mataram 17 pessoas.

O início do evento foi marcado por um minuto de silêncio, com todos os convidados de pé. A mesa foi composta pelo senador Cristóvan Buarque (PDT-DF), que convocou o evento, o senador Pedro Simon (PMDB/RS), o presidente da FENAJ e vice-presidente da FIJ, Celso Schröder, o embaixador da França, Gael de Maisonneuve, o Sheikh Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília e pelo chefe-adjunto da delegação da União Europeia no país, Francisco Fontan.

Cristovam destacou o papel da educação no combate aos atos terroristas. Ele propôs um grande movimento mundial por escolas de qualidade, por uma formação para a paz, tolerância religiosa e cultural. Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) destacou os esforços do Papa Francisco pelo respeito a todas as religiões.

Fontan manifestou repulsa ao terrorismo e solidariedade com as vítimas. Ele defendeu a liberdade de expressão como direito fundamental numa democracia. Já o ministro Gael de Maisonneuve disse que os ataques terroristas não podem abalar os valores presentes na sociedade francesa, de liberdade religiosa e liberdade de expressão. Também o Sheikh Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília, condenou os atos terroristas e defendeu a igualdade entre os seguidores de todas as religiões.

Já Celso Schröder prestou solidariedade à memória dos jornalistas mortos no ataque à revista francesa Charlie Hebdo. “Não somos Charlie por aderência à linha editorial da revista, mas porque somos contra o terrorismo, o anti-islamismo, e a favor da vida e da paz”, disse. Segundo ele, o terrorismo deve ser rechaçado porque é covarde e prolifera na injustiça e ideologia. Schröder sustentou que as liberdades de imprensa e de expressão não são liberdades acima das outras, nem propriedades dos donos dos meios de comunicação e devem ser desprivatizadas e reguladas como bem público.

Com informações da Agência Senado”