A ampliação dos atos de lançamento do livro “Formação Superior em Jornalismo: Uma exigência que interessa à sociedade” e a preparação de um novo Dia Nacional de Mobilização são as novas orientações da Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma. Paralisações nos cursos de Jornalismo e locais de trabalho deverão ocorrer na data do julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961 no Supremo Tribunal Federal. No dia 17 de outubro a FENAJ lançou, nos encontros dos Professores de Jornalismo do PR e SC, nota oficial alusiva ao Dia do Professor. Novas orientações e encaminhamentos sobre esta luta dos jornalistas e da sociedade foram definidas em telereunião da Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma ocorrida no dia 20 de outubro. Além de Rudi Gonçalves e Márcio Rodrigues, dos Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo e Paraná, respectivamente, e dos diretores da FENAJ Valci Zuculoto, Alexandre Campello, Aloísio Lopes, Marjorie Moura, Edvânia Kátia, atendendo deliberação do 33º Congresso Nacional dos Jornalistas, a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma agora é composta também por Luiz Spada (Sindicato de Goiás), Sheila Faro (Sindicato do Pará), Cris Bonfim (Sindicato do Ceará) e Mirna Tonus (pelo FNPJ). Além da ampliação da Coordenação Nacional, a nova fase do movimento deverá contar, também, com Comissões Estaduais ou locais que comandarão as ações nas bases dos 31 Sindicatos de Jornalistas brasileiros. Lançamentos Outra orientação é que o lançamento do livro ocorra também nos encontros estaduais/regionais de professores de Jornalismo que acontecem neste mês de outubro. E para isso já estão sendo tomadas providências juntamente com o FNPJ. Eventos como a solenidade de entrega do 30º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que ocorre em São Paulo na próxima semana, também contarão com banquinhas de distribuição e venda de materiais como o livro, camisetas, bottons e exibição do DVD da campanha. Os exemplares para os lançamentos devem ser solicitados preferencialmente nos Sindicatos de cada região ou, em segunda opção, diretamente à FENAJ, em Brasília, pelo e-mail fenaj@fenaj.org.br ou fone (61) 32440650. Alerta Geral Além de Caravanas dos Estados que acompanharão o julgamento em Brasília, alguns Sindicatos e cursos de Jornalismo já preparam paralisações e atividades de defesa do diploma nas escolas, locais de trabalho e manifestações públicas no dia em que o STF se pronunciará sobre o recurso que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. Para acesso às peças da campanha, clique aqui. https://www.fenaj.org.br/diploma.php A Coordenação orienta, também, que além de deixar sua mensagem no espaço “Eu Apóio a Regulamentação” , os interessados em fortalecer o movimento enviem mensagens de sensibilização aos ministros do STF. Compromisso Coletivo Veja, a seguir, a íntegra da Carta de Joinville e, logo após, a Nota Oficial da FENAJ alusiva ao Dia do Professor. Carta de Joinville Os participantes entendem que o fortalecimento do campo jornalístico reside, também, na capacidade de organização dos profissionais da notícia e do ensino na área, seja por meio de manifestações, debates, cobranças junto às instâncias de administração pública (tribunais, legislativo e/ou setores do executivo), ou mesmo envolvendo estudantes, pesquisadores e docentes numa luta que é entendida como de toda a sociedade brasileira. Tais ações devem reforçar as mobilizações em curso protagonizadas pelos Sindicatos e pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em parceria com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), dentre outras entidades. Em tempos de convergência tecnológica, os presentes avaliam que o jornalismo é, sem dúvida, uma forma social de produção do conhecimento que, ao mesmo tempo em que mantém suas especificidades conceituais e técnicas, preserva uma perspectiva multidisciplinar capaz de possibilitar aos seus usuários/interlocutores o exercício da condição de cidadania em meios às complexas relações que marcam as sociedades contemporâneas. Cabe, pois, aos docentes, profissionais, estudantes e pesquisadores da área buscar formas de aprofundar o debate, forjando referências teóricas e metodológicas próprias e consistentes capazes de ampliar as perspectivas de reflexão e produção do conhecimento jornalístico em sintonia com as demandas da sociedade civil. Na mesma perspectiva, os participantes dos Encontros defendem que a crescente profissionalização do setor deve se desenvolver em sintonia com a melhoria das condições de ensino, compatíveis com a digna função exercida pelos docentes. É, portanto, tarefa das Instituições de Ensino Superior que mantêm cursos de Jornalismo dispor de condições estruturais adequadas capazes de habilitar os estudantes (futuros profissionais) a interagir com os mais diversos setores sociais, em especial com os grupos historicamente excluídos dos bens e serviços de interesse público. Diante do exposto, os participantes firmam um compromisso coletivo em defesa da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, aprovando a realização de atividades – envolvendo estudantes, profissionais e docentes da área – para levar o debate à sociedade civil, como forma de legitimar a produção de uma informação de qualidade e efetivamente preocupada com as lutas e os problemas sociais, as demandas da informação e a ampla defesa da condição de cidadania. Afinal, a defesa da Regulamentação Profissional do Jornalismo é a defesa da própria democracia e, portanto, uma luta de todos. Joinville, Primavera de 2008. Nota Oficial No mês em que se comemora o Dia do Professor e em que os professores de Jornalismo brasileiros se reúnem nos seus encontros estaduais ou regionais, a FENAJ saúda a todos. Também saudamos a sua entidade nacional, o FNPJ, e os Cursos e colegas que, coordenados pelo Fórum, vêm empenhando-se na organização destes eventos de extrema importância para a reflexão, formulação e qualificação da formação dos jornalistas, o que, por conseqüência, reflete-se na melhoria do Jornalismo oferecido diariamente à sociedade brasileira. A importância do Jornalismo na construção social da realidade nacional indica tarefas históricas a todos nós do campo jornalístico – profissionais, professores e pesquisadores. Uma das mais essenciais destas tarefas está sob a responsabilidade dos professores: a de formar com qualidade, ética, competência técnica e teórica para uma profissão com um papel tão importante e fundamental à sociedade. Somos e formamos profissionais de produção da cultura nacional e não apenas integrantes de linhas de montagem de produtos informativos sujeitos à lógica mercantil. Isso nos tem demandado empenho, individual e coletivo, por um Jornalismo que crie conhecimento e consciência crítica da realidade. Diante do compromisso com o conjunto da sociedade e conscientes do papel que cabe aos jornalistas, tanto na esfera de sua atuação profissional, quanto na busca da humanização das relações sociais, a FENAJ e seus 31 Sindicatos têm atuado decisivamente junto à comunidade acadêmica, propondo ou encampando iniciativas para a melhoria da qualidade do ensino de Jornalismo, sempre alinhando-se especialmente com o FNPJ – Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e a SBPJor – Sociedade Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo. Somos, por exemplo, a única categoria que teve a ousadia de propor um Programa Permanente de Qualidade do Ensino e de discuti-lo democraticamente com a comunidade acadêmica e com o empresariado. Este Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino de Jornalismo hoje já é um patrimônio de todo o nosso campo. Já conta mais de 10 anos de existência e vem sendo atualizado através de Seminários nacionais, com a participação de todos os segmentos do Jornalismo, e tem balizado a constituição e avaliação do ensino em muitas escolas do país. Ao mesmo tempo, por atribuir este papel central à formação como meio de garantir uma informação plural, democrática e produzida com ética e qualidade, temos lutado para manter um dos principais pilares da nossa regulamentação profissional: a obrigatoriedade do diploma universitário específico em Jornalismo para o exercício profissional. Ou seja, queremos garantir não apenas uma conquista corporativa, mas uma necessidade de toda a sociedade brasileira. Porque somos e formamos profissionais que têm responsabilidades públicas na formação da consciência coletiva. Agradecemos aos nossos colegas professores e a sua entidade, o FNPJ, pela participação ativa nesta e em todas as lutas que são mais específicas do ambiente profissional. Com certeza, sem o apoio e envolvimento de vocês, estas batalhas seriam muito mais difíceis de enfrentar. Também reafirmamos, mais uma vez, o compromisso de continuar, com o mesmo empenho, envolvidos e atuantes igualmente nas lutas mais referentes ao segmento dos professores e pesquisadores. E para que nosso trabalho coletivo e interligado avance, convidamos a todos os professores: Para tanto, a FENAJ se coloca à disposição de vocês através do seu Departamento de Educação (diretores Alexandre Campello, Marjorie Moura e Valci Zuculoto), na nossa página www.fenaj.org.br , e-mail fenaj@fenaj.org.br e fone (61) 32440650. Diretoria da FENAJ |