Décimo primeiro jornalista é morto este ano no México

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O fotojornalista Juan Carlos Hernández Ríos, 29 anos, foi morto a tiros durante a noite de terça-feira, 5 de setembro, em Guanajato, no México. Ele foi emboscado por dois homens armados quando entrava em sua residência e morreu a caminho do hospital. Hernández Ríos foi colaborador do portal La Bandera Noticias.

Este é o décimo primeiro homicídio de jornalistas só este ano e acontece no contexto de uma crescente onda de violência contra o jornalismo mexicano. Durante 2017, o número de ataques contra a imprensa ultrapassou em muito os números já preocupantes verificados em 2016.

O portal onde o jornalista estava trabalhando denunciou ameaças repetidas pelo governo municipal e, nas últimas semanas, tornaram público um vídeo onde dois policiais da cidade de Salamanca incriminaram seus superiores antes de serem assassinados. Essas razões não descartam o exercício da  profissão  de jornalista como um possível motivo para o crime.

Diante do cenário alarmante de violência  que vivem os e as trabalhadores/as de imprensa no México, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) está levando adiante  uma campanha global para pressionar o governo mexicano a ativar e fortalecer a proteção e investigação sobre ataques contra a imprensa.

A FIJ, que representa 600 mil comunicadores e comunicadoras em todo o mundo, exorta as autoridades a levar a cabo uma investigação séria sobre a responsabilidade material e intelectual do crime do repórter e começar a reverter o padrão de impunidade, censura e morte que rodeia o jornalismo e, consequentemente, a democracia mexicana.

 

Com informações da FIJ

Foto: Héctor Guerrero/AFP/FIJ