Os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) participaram de mais uma assembleia, na tarde desta quarta-feira, 22. Em greve desde o dia 14 de novembro, os empregados das praças de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro decidiram manter a paralisação. A greve foi deflagrada por conta das propostas de congelamento nos salários, corte de benefícios e retirada de direitos.
Além da defesa dos direitos dos trabalhadores, a mobilização também é contra o desmonte da comunicação pública. Desde a tomada do governo por Michel Temer (PMDB), propostas como a alteração da estrutura administrativa da empresa, prática de censura, sucateamento da EBC, assédio, entre outras, se tornaram rotineiras dentro da empresa.
Durante os vários dias de greve, os trabalhadores mantêm uma agenda intensa de discussões sobre os direitos que a empresa quer retirar dos empregados, mas também sobre o futuro da comunicação pública no país.
Entenda o que está em jogo
A data-base dos jornalistas e radialistas é 1º de novembro. Os trabalhadores reivindicam 4,5% de reajuste para repor a inflação do período e perdas acumuladas. Porém, após oito rodadas de negociação, a direção da EBC não aceita reajustar nenhuma das cláusulas econômicas. Além dos salários, os trabalhadores ficariam sem reajuste em benefícios como ajuda-alimentação, auxílio às pessoas com deficiência, auxílio-creche e seguro de vida em grupo.
No ‘pacote de maldades’ da empresa também estão sob ataque os tickets extras (pago somente em dezembro e junho), a garantia de translado aos trabalhadores por questões de segurança, a complementação de auxílio previdenciário, a realização de homologações das rescisões de contrato nos sindicatos, o vale-cultura, a multa pelo descumprimento do acordo coletivo.
Com informações dos Sindicatos de Brasília e do Município do Rio de Janeiro