Em Minas Gerais jornalistas param o trânsito por melhores salários

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minas_internaProfissionais de jornais, revistas e portais, realizaram até esta sexta-feira (20) a Semana de Luta com atos e manifestações por melhores salários, condições de trabalho e respeito aos direitos trabalhistas. Os protestos paralisaram o trânsito em avenidas de Belo Horizonte e Contagem. Saiba mais, também, sobre uma decisão judicial que determina indenização do Estado a um repórter fotográfico no Rio de Janeiro e outra que destitui a diretoria do Sindicato dos Jornalistas de São Luis.

A Semana de Luta dos Jornalistas de Jornais, Revistas e Portais, coordenada pelo Sindicato dos Jornalistas (SJPMG), foi aberta na segunda-feira (16) com manifestação em frente à sede da Sempre Editora. Os manifestantes, profissionais de “O Tempo”, “Pampulha” e “Super Notícia” e do Portal “O Tempo Online”, se mobilizaram em frente à sede da empresa na Cidade Industrial, em Contagem, vestidos de preto, com nariz de palhaço e apitos. Os jornalistas interditaram a Avenida Babita Camargos e reforçaram o apitaço durante cerca de 30 minutos. Já na tarde de terça-feira (17), durante 30 minutos, os jornalistas do “Estado de Minas” e do “Aqui” fizeram apitaço e interromperam o trânsito da Avenida Getúlio Vargas, em Belo Horizonte.

Em assembleia realizada na última quarta-feira (11/7), os profissionais do setor de jornais, revistas e portais rejeitaram a contraproposta patronal de aplicação de 6% de reajuste em todas as faixas salariais e de pagamento do retroativo a 1º de abril em única parcela, na folha de julho. A partir disso, a proposta de mobilização nas empresas foi aprovada, com a criação de uma Comissão de Mobilização da Campanha Salarial 2012 formada por diretores do Sindicato e representantes das redações.

Justiça do Rio condena Estado a indenizar repórter fotográfico
O juiz Ricardo Starling, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, condenou o Estado a indenizar o repórter fotográfico Nilton Claudino em R$ 94,4 mil. Em 2008, “Niltinho” foi mantido em cárcere privado e agredido na favela do Batan, quando fazia uma reportagem para o jornal O Dia. Na ocasião, como o profissional sofria ameaças de morte, a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro negociaram com o jornal o afastamento remunerado do profissional e de sua esposa por um período de cinco anos.

Juíza destitui direção do Sindicato de São Luis
A juíza Elzenir Luande Franco, da 4ª Vara do Trabalho de São Luís, decidiu destituir a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís (MA), considerando procedente uma ação civil pública de cerceamento à liberdade sindical. A determinação judicial é de que a FENAJ nomeie uma Junta Governativa Provisória para convocação, no prazo de 90 dias, de assembleia para eleição e posse de uma nova direção para a entidade. No entanto, como cabe recurso da atual direção do Sindicato à decisão de primeira instância, e como ainda não foi notificada oficialmente, a FENAJ aguarda o desfecho do processo para tomar as providências cabíveis.