No dia 14 de agosto, representantes de diversas entidades e movimentos, entre elas a CNBB, a OAB e a FENAJ, reuniram-se em Brasília para discutir possíveis ações e propostas conjuntas para o debate sobre a reforma política. A ideia é apresentar um texto consensual como contribuição à Câmara dos Deputados e Senado Federal para que a reforma possa ser aprovada e incidir já sobre as eleições de 2014. Celso Schröder, presidente da FENAJ, conta que a perspectiva é de reunir os setores que se envolveram na campanha pela ética na política e formular propostas para o aperfeiçoamento do processo democrático brasileiro. “Entendemos que as manifestações ocorridas em junho e julho no Brasil tinham em seu âmago o desejo de mudanças e de transparência na política. E é em busca de respostas a esse desejo que estamos nos reunindo”, disse. Na reunião, segundo Schröder, foram definidos 5 eixos sobre os quais as entidades apresentarão suas contribuições: normas para combater a influência do poder econômico nas eleições; reforma do sistema eleitoral; fidelidade partidária; ampliação da representação política de mulheres, negros e indígenas no Congresso Nacional; regulamentação e estímulo a mecanismos de democracia direta como referendos e plebiscitos. As entidades voltam a se reunir no final de agosto. “A perspectiva é de se produzir propostas consensuais o quanto antes, para que o Congresso Nacional possa se posicionar sobre a reforma política ainda em 2013. Caso contrário novas regras não serão aplicáveis à eleição do ano que vem”, esclarece o presidente da FENAJ.
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