A FENAJ encaminhou à Câmara dos Deputados pedido de esclarecimentos sobre a denúncia de que teria havido ação de censura com a suspensão da veiculação do programa “Comitê de Imprensa”, produzido pela TV Câmara e gravado no dia 11 de março. Veja também, entre as lutas da categoria, informações sobre as campanhas salariais no Amazonas e em Alagoas, a introdução do cartão de ponto no Infoglobo e a denúncia do Sindicato do DF contra o jornal Tribuna do Povo por desrespeito aos direitos dos jornalistas.
Em ofício encaminhado nesta segunda-feira (23) ao Secretário de Comunicação Social da Câmara dos Deputados, Sérgio Chacon, ao Diretor da TV Câmara, Manuel Roberto Seabra Pereira, e ao presidente da casa, deputado Michel Temer, o presidente da FENAJ pede esclarecimentos sobre a denúncia formulada em carta aberta pelo jornalista Leandro Fortes, sobre a censura ao programa “Comitê de Imprensa”, da TV Câmara, bem como a retirada do link para o programa na página da TV Câmara na internet.
Segundo a denúncia tais atitudes teriam sido tomadas por solicitação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. “A liberdade de imprensa e o direito à livre manifestação são conquistas inalienáveis da sociedade brasileira e têm na Câmara dos Deputados um aliado imprescindível na proteção e defesa desses direitos sociais. Atitudes de cerceamento e censura, se de fato forem confirmadas, são antagônicas com a função e o papel que se espera de integrantes da Suprema Corte do País e de funcionários e parlamentares da Câmara Federal”, diz o documento.
No AM jornalistas querem reajuste de 8%
Os jornalistas do Amazonas vivem uma semana de expectativas. Em assembléia realizada na terça-feira passada, a categoria rejeitou a proposta patronal de reajuste salarial de 7% para celebrar a Convenção Coletiva 2009. No dia seguinte, em mais uma rodada de negociação na Superintendência Regional do Trabalho, os empresários elevaram a proposta para 7,5%, mas o Sindicato dos Jornalistas rejeitou porque a categoria definiu o índice de 8% como mínimo aceitável para acordo. Aguarda-se nova proposta patronal para esta semana.
Em AL categoria não aceita a crise econômica como desculpa para arrocho
Concorrida assembléia dos jornalistas de Alagoas, realizada no dia 16 de março, definiu sua pauta de reivindicações para a Campanha Salarial 2009. Entre outros pedidos, a categoria quer 12% de recomposição do poder de compra dos salários, correspondendo às perdas salariais mais 5% de aumento real. E de cara rejeita a desculpa empresarial da crise econômica para negar ganhos aos jornalistas. Afinal, diversos indicadores econômicos apontam que o setor de comunicação teve significativo crescimento em 2008. Sem aumento real desde 2003, antes mesmo do envio do rol de propostas ao patronato – que deve ocorrer nesta semana – a disposição de luta já se expressou na data marcada para uma manifestação pública de lançamento da campanha salarial: 7 de abril, Dia do Jornalista.
Cartão de ponto começa no Infoglobo a partir de abril
Após o posicionamento dos jornalistas favorável ao controle de jornada, o Infoglobo (que engloba os jornais O Globo, Extra e Expresso) apresentou ao Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro seu calendário de implantação do cartão de ponto No dia 20 de março foram concluídos os estudos para determinar o horário de entrada e saída dos jornalistas dos três veículos, por editoria. O cronograma prevê que até o dia 27 serão estabelecidas as regras, que devem ser divulgadas no dia 30. O controle de freqüência será implantado em caráter experimental de 1º de abril até julho e sua implantação definitiva a partir de 1º de setembro. O Sindicato vai acompanhar o processo de implantação do novo sistema.
No DF Tribuna do Povo desrespeita jornalistas e CLT
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal denunciou o jornal Tribuna do Brasil à Superintendência Regional do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho por diversas irregularidades que desrespeitam a Convenção Coletiva da categoria e a Consolidação das Leis do Trabalho. Entre elas estão o atraso no pagamento dos salários, não recolhimento do imposto de renda retido na fonte, além não honrar seus compromissos com o INSS e FGTS dos trabalhadores. A denúncia foi apresentada também aos parlamentares eleitos por Brasília e ao Governo do Distrito Federal.