 A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, participou nesta semana de um debate sobre o tema “Enfrentamento à Violência contra a Mulher: diretrizes para uma cobertura responsável”, no Cine Aruanda, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. Destacando o papel do jornalismo na transformação social e na defesa dos direitos humanos, o evento fez parte da programação do Encontro de Jornalistas da Paraíba 2025, organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais naquele estado (SindjorPB).
A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, participou nesta semana de um debate sobre o tema “Enfrentamento à Violência contra a Mulher: diretrizes para uma cobertura responsável”, no Cine Aruanda, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. Destacando o papel do jornalismo na transformação social e na defesa dos direitos humanos, o evento fez parte da programação do Encontro de Jornalistas da Paraíba 2025, organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais naquele estado (SindjorPB).
Durante sua fala, Samira enfatizou que a forma como a imprensa narra os casos de feminicídio e violência de gênero influencia diretamente a percepção da sociedade e pode contribuir tanto para a reprodução do machismo quanto para o seu enfrentamento. Ela citou a obra Histórias de morte matada contadas feito morte morrida: a narrativa de feminicídios na imprensa brasileira, das jornalistas Niara de Oliveira e Vanessa Rodrigues, que analisa décadas de cobertura jornalística no Brasil e aponta práticas como o uso da voz passiva — “mulher é morta” em vez de “homem mata” — e a romantização dos assassinatos como “crimes passionais”.
 “Não podemos ser apenas cronistas da violência. O Código de Ética do Jornalista Brasileiro nos orienta a defender os direitos humanos e combater todas as formas de opressão. Cabe a nós, jornalistas, escolher todos os dias se vamos reforçar a cultura machista ou contribuir para combatê-la”, destacou a presidenta da FENAJ.
“Não podemos ser apenas cronistas da violência. O Código de Ética do Jornalista Brasileiro nos orienta a defender os direitos humanos e combater todas as formas de opressão. Cabe a nós, jornalistas, escolher todos os dias se vamos reforçar a cultura machista ou contribuir para combatê-la”, destacou a presidenta da FENAJ.
A presidenta da FENAJ chamou atenção para o papel estratégico da mídia na disputa de narrativas. “O modo como se conta uma história define a forma como a sociedade a enxerga. Por isso, precisamos de um jornalismo comprometido com a igualdade de gênero e com os direitos humanos, que rompa com estereótipos e a culpabilização das vítimas”, defendeu.
 O debate contou com a participação da jornalista Mabel Dias, representante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, que apresentou o Guia de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres: Diretrizes para uma Cobertura Responsável”. Elaborado com a contribuição de mulheres de diversos segmentos, a publicação fornece orientações precisas para os profissionais da mídia.
O debate contou com a participação da jornalista Mabel Dias, representante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, que apresentou o Guia de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres: Diretrizes para uma Cobertura Responsável”. Elaborado com a contribuição de mulheres de diversos segmentos, a publicação fornece orientações precisas para os profissionais da mídia.
Também esteve presente a jornalista Janaína Araújo, que representou a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana. Em sua intervenção, Janaína ressaltou a importância da articulação entre políticas públicas e a mídia: “Uma cobertura qualificada pode salvar vidas ao informar sobre canais de denúncia, serviços de acolhimento e direitos das mulheres. Jornalismo e políticas públicas precisam caminhar juntos nesse enfrentamento”, afirmou.
O encontro reforçou a necessidade de adoção de diretrizes para uma cobertura ética e responsável da violência contra a mulher, com foco na contextualização dos casos, no respeito às vítimas e familiares e na divulgação de informações úteis, como os canais de denúncia e apoio.
Fotos: Sérgio Matos


