FIJ e FENAJ condenam guerra e ataque de Israel a jornalistas

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No dia 20 de julho a Associação Nacional de Jornalistas de Israel anunciou sua retirada da Federação Internacional de Jornalistas, após a FIJ condenar o ataque de Israel ao canal de televisão Al-Manar, em Beirute. A FENAJ apoiou a posição da FIJ e defende o imediato cessar-fogo, que tem vitimado milhares de pessoas, com centenas de mortos, inclusive cidadãos brasileiros.

A posição da Associação Nacional de Jornalistas de Israel foi acompanhada pelas associações de jornalistas de Jerusalém e de Telavive, após a recusa do secretário-geral da FIJ, Aidan White, em retirar a condenação dos ataques israelitas contra profissionais da mídia. A FIJ sustenta que “em situações de conflito, os jornalistas desarmados não podem ser tratados como combatentes”.

A FENAJ está, também, denunciando a ação de Israel e pedindo o fim da violência contra Líbano e Palestina. “Não podemos nos calar diante de tanta violência e desrespeito a autodeterminaçao dos povos”, protesta o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Ele registra que a posição da Federação é baseada em resoluções aprovadas no 32º Congresso Nacional da categoria.

Um dos trechos das resoluções do Congresso de Ouro Preto aborda o conflito no mundo árabe: “É importante ressaltar que o projeto de dominação mundial é um projeto global, excludente e portador de uma ideologia que tem entre seus componentes um tipo de fundamentalismo cristão. Essa base ajudou a transformar o Islã em inimigo aumentando consideravelmente o rol de conflitos no mundo árabe, na Ásia Central e Golfo Pérsico. A partir da Revolução Islâmica Iraniana, ganhou extraordinário impulso uma versão política do islamismo. Apesar do rótulo generalizante de terroristas, tais governos, movimentos, grupos e partidos guardam importantes diferenças entre si e têm um real compromisso com seus povos, com importantes vitórias em guerras de libertação”.