Esta “Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública” repudia, veementemente, mais um episódio absurdo de censura na empresa pública.
Os veículos TV Brasil e Agência Brasil omitiram o fato de que o assassino, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, é bolsonarista. Na tragédia anunciada desta semana, em que Guaranho, em Foz do Iguaçu, invadiu a festa de aniversário e matou Marcelo Aluizio de Arruda aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e com música alta em alusão ao atual presidente da República, os veículos públicos da EBC trataram o caso como um “desentendimento”, seguido de uma “troca de tiros”. O portal Metrópoles noticiou a censura nesta quarta-feira, 13.
O resultado, triste e revoltante, é constatar que a EBC, agindo assim, mentindo de forma descarada para o público, fere a democracia e perpetua um tipo de violência política que a sociedade brasileira quer ver extirpada, ainda mais faltando menos de 3 meses para as eleições.
Como forma de dar transparência a tais atos, que acontecem nas sombras das redações, e dar voz às trabalhadoras e trabalhadores, cabe nesta nota citar os nomes dos responsáveis por isso dentro da EBC.
Comandada pela atual diretora Sirlei Batista, a equipe responsável pela gestão do jornalismo da casa (Oussama El Ghaouri e Paulo Leite na TV Brasil, Luciano Seixas e Gabriela Mendes no Radiojornalismo e Juliana Andrade e Bruna Sanielle na Agência Brasil) promove sistemática prática de censura e promoção do governo Bolsonaro nos veículos da EBC, como já foi largamente apontado por esta Frente, em reportagens na mídia, nos dossiês de Censura e Governismo e nos relatórios da Ouvidoria Cidadã da EBC.
Ressaltamos, por fim e mais uma vez, que a autonomia da EBC frente ao governo de plantão foi uma conquista árdua da sociedade. Está garantida na Lei 11.652. A EBC não pertence ao governo. A EBC é do povo! E jamais abriremos mão disso.