Em assembleia realizada dia 28 de julho, os jornalistas de Sergipe aprovaram a contraproposta patronal de reajuste salarial de 9%. No Rio de Janeiro, a campanha salarial dos profissionais de Rádio e TV vai a dissídio. No Paraná, nova negociação acontece na quinta-feira (6) e em ato público os jornalistas mostram que não são “bananas”. Já no Rio Grande do Sul, diante da intransigência patronal quanto à reivindicação de reposição da inflação mais aumento real de 1,5%, o Sindicato dos Jornalistas formulou proposta alternativa para acordo e aguarda posicionamento patronal.
Na proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Comunicação de Sergipe (SINERTEJ), o piso salarial dos jornalistas será reajustado em 9%, retroativo ao mês de maio, data base da categoria, elevando o piso salarial para cerca de R$ 1502,00. A diferença não paga neste período será creditada aos trabalhadores do Jornalismo na folha de agosto. Além do reajuste da inflação, o sindicato patronal também atendeu a uma antiga reivindicação dos jornalistas: a inclusão do Sindicato dos Jornalistas (SINDIJOR-SE) na avaliação dos convênios de estagiários de Jornalismo, firmados entre as empresas e as universidades.
Patrões de Rádio e TV do Rio recusam conciliação proposta pelo TRT
Em função da prepotência do sindicato patronal de Rádio e TV, que insiste em desrespeitar o direito dos jornalistas ao piso garantido em lei estadual de R$ 2.432, a campanha salarial 2015 será resolvida pela Justiça do Trabalho. Não foi possível a conciliação entre os sindicatos dos Jornalistas e o das empresas proprietárias de Rádio e TV em audiência realizada no dia 27 de julho no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Os prepostos patronais não aceitaram a proposta de conciliação apresentada pela desembargadora Ana Maria Soares de Moraes, vice-presidente do TRT Regional Fluminense, que conduziu a audiência. A magistrada do trabalho propôs ao patronato o fechamento da campanha deste ano com a assinatura de uma convenção coletiva sem cláusula de piso, por ter havido, em meio à campanha, a inclusão dos jornalistas numa Lei Estadual do Piso Regional. Ela propôs o fechamento da convenção apenas com o reajuste das demais cláusulas econômicas pelo INPC (7,13%) acumulado até a data base de 1º de fevereiro, proposta aceita pelo Sindicato dos Jornalistas.
O patronato insiste em querer impor aos jornalistas pisos de R$ 1.600 para TV e de R$ 1.450 para rádio. A desembargadora lamentou o resultado da audiência e a continuidade do impasse, cuja solução ficará ao encargo da Justiça.
Jornalistas do Paraná fazem protesto bem humorado
As negociações entre os Sindicatos dos Jornalistas do Paraná e do Norte do Paraná com os empresários de comunicação prosseguem sem definição. Mas no último encontro, realizado dia 23 de julho, os patrões recuaram da posição de reajuste parcelado e propuseram a atualização salarial pelo INPC. O que não ficou definido é se o índice será o regional ou o nacional. Nova rodada de negociações acontece na quinta-feira (6/8).
Capitaneados pelo Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná, os profissionais realizaram manifestações em Londrina e Maringá para chamar a atenção da população para o descaso e o desrespeito dos patrões na negociação da Campanha Salarial da categoria.
Os protestos foram marcados por distribuição de bananas ─ símbolo da campanha salarial – e por panfletos, enumerando as propostas ofensivas dos patrões. A escolha da banana como símbolo de protesto foi em função das “bananas” que a categoria tem recebido das empresas de comunicação. Nesta quarta-feira (5), a categoria realizará fotos na frente das redações vestindo roupas nas cores preta ou roxa.
Sindicato do RS faz proposta para acordo
Em reunião da Campanha de Negociação Coletiva 2015, realizada na segunda-feira, 3 de agosto, os patrões de Rádios e TVs, Jornais e Revistas rejeitaram a proposta apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (SINDJORS), de aumento real de 1,5% para o piso na capital e no interior, além da reposição do INPC (considerando a data-base de 1º de junho), que é de 8,76%. Ofereceram, em contrapartida, aumento de 9% para os pisos e o reajuste da inflação para as demais faixas salariais.
Na perspectiva de viabilizar um acordo, o SINDJORS propôs que o reajuste do piso na capital seja feito com base na inflação acumulada no mês de julho, que é de 9,31%. Com isso, o valor passaria dos atuais R$ 1.956,00 para R$ 2.138. Para o interior, o indicativo é que seja mantido o mesmo valor, em reais, do reajuste praticado em Porto Alegre, passando de R$ 1.665,50 para R$ 1.847,00, o que representa um aumento de 10,8%. A proposta agora será analisada pela patronal.
Com informações dos Sindicatos dos Jornalistas de Sergipe, Município do Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul