A campanha salarial dos jornalistas goianos chegou ao fim. Tanto o Acordo Coletivo, que abrange os empregados de jornais e revistas, quanto a Convenção Coletiva de Trabalho, que engloba os empregados de emissoras de rádio e TV, foram fechados e garantem à categoria aumento real em seus salários. Depois das negociações, os patrões ofereceram reajuste de 2,0%, o que garante aumento de 0,31 ponto porcentual acima da inflação. O piso salarial obteve um ganho real um pouco maior, de 0,36 ponto e passa a ser de R$ 2.300,00, retroativo a 1º de maio. O mesmo índice de reajuste foi aplicado nas demais cláusulas econômicas, como auxílio-creche e seguro de vida.
Ao contrário do que vem ocorrendo em outros Estados, em Goiás o patronato manteve, em sua contraproposta não propuseram a redução de direitos, que passou a ser permitida com a reforma trabalhista promovida pelo governo golpista no ano passado. A única cláusula que os patrões propuseram mudanças refere-se à divisão de férias, que poderá ser dividida em até três períodos. Eles pretendiam que um dos períodos não poderia ser inferior a 14 dias e os demais, a cinco dias. O Sindjor não aceitou e propôs que a cláusula permitisse a divisão em três períodos, só garantido o mínimo de 14 dias de um período, conforme prevê a lei.
Para a direção do Sindicato, o reajuste salarial conquistado pode não ser tão significativo, mas é uma grande vitória dos jornalistas a conquista de aumento real. Principalmente nesse momento de crise e, em particular, diante da iminente concretização do processo de venda do Grupo Jaime Câmara para o Grupo Zahran, que atua no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.