Jornalistas participam do 1º de maio e de mobilizações contra as Reformas do governo Temer

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Atividades organizadas pelos sindicatos e centrais sindicais brasileiras neste 1º de maio, segunda-feira, deram continuidade às mobilizações ocorridas na sexta-feira, 28 de abril, contra as reformas trabalhista e da previdência. Os atos do Dia do Trabalhador, ocorridos em vários Estados, tiveram a participação de milhares de pessoas. E os jornalistas integraram, juntamente com outras categorias profissionais, os eventos em defesa dos direitos dos trabalhadores.

No Ceará, por exemplo, jornalistas participaram da Conferência Estadual Sindical e Popular realizada pela Central Única dos Trabalhadores – CE e Frente Brasil Popular – CE. O evento debateu o plano de lutas da classe trabalhadora neste contexto de desmonte dos direitos sociais e trabalhistas. No Rio de Janeiro, membros da diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ, do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro estiveram no ato do 1º de maio, na Cinelândia.

No Rio Grande do Sul, pela manhã, membros da diretoria do Sindicato dos Jornalistas participaram do ato de resistência da CUT-RS, ao lado do Monumento ao Expedicionário, em Porto Alegre.  Em Sergipe, a CUT e os Sindicatos, com a participação também do Sindicato dos Jornalistas, realizou um ato público nos Arcos da Orla de Atalaia, zona sul da capital.

Greve Geral

Mais de 40 milhões de pessoas, em todo o Brasil, aderiram às mobilizações contra as Reformas do governo Temer, nesta sexta-feira, 28, seja através das manifestações nas ruas ou da Greve Geral. E a categoria dos jornalistas também participou dos protestos. Nos últimos dias antes da greve, a FENAJ intensificou a orientação para que seus sindicatos mobilizassem suas bases.  Em São Paulo, umas das ações foi na praça da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em que cerca de 85% dos jornalistas cruzaram os braços e fizeram piquete em frente à emissora, em mobilização conjunta com os radialistas. Em Guarulhos – SP, na Câmara Municipal, os jornalistas da equipe de imprensa e da TV aderiram totalmente à greve. Nas regionais do Sindicato, os dirigentes participaram dos atos da Greve Geral em diversas cidades do interior, entre as quais Bauru, Campinas, Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.

No Ceará, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais realizou atos nos dois maiores jornais impressos do Estado. E após participar da caminhada pelo centro de Fortaleza, convocada pelas centrais sindicais como ato principal da Greve Geral, os dirigentes sindicais mobilizaram as redações na parte da tarde. No Diário do Nordeste, jornal de maior circulação do Estado, os jornalistas realizaram uma sindicalização em massa, como protesto contra as medidas contidas na reforma trabalhista que tentam enfraquecer os sindicatos. No O Povo, redação mais antiga do Ceará, a categoria parou por quase uma hora, no horário de fechamento, para debater alguns pontos da reforma trabalhista e como atingem os jornalistas.

No Distrito Federal, jornalistas e radialistas se uniram contra as reformas da previdência e trabalhista, em frente à sede da EBC. Membros da Diretoria da FENAJ e do Sindicato dos Jornalistas também estiveram presentes. E posteriormente, os trabalhadores seguiram rumo a Esplanada para uma passeata unificada com as demais categorias. Enquanto no Paraná, jornalistas participaram dos atos convocados pelas centrais sindicais e movimentos sociais em diversas cidades.

A adesão dos jornalistas mineiros à Greve Geral teve um sucesso sem precedentes. Reunidos na sede do Sindicato, pela manhã, dezenas de jornalistas partiram em passeata rumo à Praça 7, no centro da capital. Eles desceram a Rua Espírito Santo carregando faixas, gritando “Fora Temer” e palavras de ordem contra a reforma da previdência e a reforma trabalhista. Foi a primeira vez que uma passeata exclusivamente de jornalistas e radialistas protestou contra o golpe em Belo Horizonte. A adesão também atingiu as redações. Paralisaram o trabalho jornalistas e radialistas da Rádio Inconfidência e da Rede Minas. Em outras redações, jornalistas vestiram preto, atendendo ao apelo do Sindicato.

Em Sergipe, diretores do SINDIJOR-SE e dezenas de jornalistas participaram da Greve Geral, considerada um sucesso pelos organizadores e a imprensa. Além dos sindicatos e das centrais sindicais, participaram também da greve a OAB e segmentos religiosos, entre outras entidades da sociedade civil organizada. No Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Jornalistas participou da caminhada que saiu do Centro Histórico do Porto Alegre até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. Na ocasião, além dos pedidos de “Fora Temer”, foram levados cartazes em defesa da Fundação Piratini, responsável pela TVE e a FM Cultura e que está em processo de extinção pelo governo do Sartori. Também havia cartazes contra o ministro Gilmar Mendes, relator do processo que derrubou a necessidade de diploma para exercer a profissão, em 2009.

Em Teresina-PI, jornalistas vestiram preto em apoio à Greve Geral e, em Alagoas, o Sindicato dos Jornalistas esteve nos atos contra as Reformas. No Mato Grosso, o Sindicato dos Jornalistas integrou o ato que reuniu cerca de 30 mil pessoas de diversos sindicatos e centrais sindicais, para percorrer as ruas do centro de Cuiabá. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro esteve presente nas manifestações públicas realizadas na cidade do Rio de Janeiro, em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e das políticas públicas.

Com informações da Central Única dos Trabalhadores – CUT e sindicatos dos jornalistas do Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Piauí, Rio Grande do Sul, Goiás, Alagoas, Sergipe, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso.

Fotos: Sindicatos dos jornalistas do Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Piauí, Rio Grande do Sul, Goiás, Alagoas, Sergipe, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso.