Os jornalistas de jornais e revistas da capital paulista referendaram, em assembleia no dia 17 de novembro, a consulta que aprovou o reajuste salarial de 5,45% da Convenção Coletiva 2009/2010. Em Pernambuco e no Paraná as negociações estão emperradas em função da intransigência patronal nas cláusulas referente ao exercício profissional. Veja, ainda, informações sobre o acordo entre os funcionários e a direção da EBC, denúncias contra o jornal O Estado, do Tocantins, novo repúdio ao prefeito de Dourados (MS), e sobre o Prêmio FIJ de Jornalismo para a Tolerância. Na capital paulista, antecedendo a assembleia do dia 17, foram ouvidos 461 jornalistas, sendo que no Estadão o Sindicato teve de fazer a consulta na calçada, já que a empresa não deixou os sindicalistas entrarem no prédio. No final, 404 colegas disseram ‘sim’, para aprovação, e 57 ‘não’. O índice de 5,45% (INPC do período) servirá para reajuste dos salários e benefí–cios, pela inflação do período (1º de junho de 2008 a 31 de maio de 2009). A diferença, retroativa a 1º de junho, será paga em duas parcelas, nos salários de dezembro e janeiro. O piso salarial para 5 horas será de R$ 1.883,01 e R$ 2.932,81 para 7 horas. Manifestação em Salvador defende o diploma de jornalismo Sem avanços, negociações em Pernambuco estão suspensas Nova proposta de texto foi apresentada pela bancada patronal para a cláusula geradora do impasse, que novamente não escondeu a verdadeira intenção: “As empresas convenentes se comprometem a contratar jornalistas que sejam portadores de diploma de nível superior nos cursos de jornalismo ou comunicação social com habilitação em jornalismo, nos termos que vier a ser decidido na ação que trata do tema pelo STFou através de Emenda Constitucional, respeitadas as exceções que constam do Decreto 83.284/1979″. O Sindicato dos Jornalistas propôs uma nova redação, que incluía apenas um adendo na proposta patronal, ficando o texto da seguinte forma: “As empresas convenentes se comprometem a contratar jornalistas que sejam portadores de diploma de nível superior nos cursos de jornalismo ou comunicação social com habilitação em jornalismo, nos termos da decisão que trata do tema pelo STF e as Propostas de Emenda Constitucionais no Congresso Nacional, não podendo ser aplicado um termo enquanto não se definir o outro, respeitadas as exceções que constam do Decreto 83.284/1979″. “Essa insistência só aumenta nossa desconfiança. Por que não querem esperar a votação das PECs? Por que tanta pressão senão com a intenção de preparar as empresas para precarizar e pejotizar o mercado de trabalho, flexibilizar as obrigações trabalhistas e previdenciárias e buscar enfraquecer a força de organização da categoria?”, questiona o presidente do Sindicato, Ayrton Maciel. Acompanhando atentamente o processo de negociação, que traduz uma disputa que envolve a categoria nacionalmente, o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, encaminhou mensagem de apoio e solidariedade aos jornalistas de Pernambuco. “A posição patronal de insistir numa cláusula que na prática desregulamenta a profissão é uma prova do acerto nos alertas que a FENAJ tanto fez ao longo dos últimos anos. O mesmo retrocesso também foi apresentado pelo patronato no Paraná. Ao inventar uma suposta ameaça à liberdade de imprensa, o empresariado mira, na verdade, no arrocho salarial e na precarização da profissão. Estão absolutamente corretos os companheiros dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de PE em não transigir em relação à defesa da nossa regulamentação”, diz o texto. Convocando a categoria a seguir firme na luta e manifestando o apoio da FENAJ, Murillo sustenta que “Trata-se da nossa sobrevivência enquanto categoria profissional. Trata-se da defesa da nossa dignidade e do direito que a sociedade tem de ser bem informada”. Jornalistas definem rumos da campanha salarial no Paraná Funcionários da EBC aprovam acordo Jornal O Estado não cumpre direitos trabalhistas no Tocantins Segundo informações de funcionários e ex-funcionários da empresa, os salários estão há quase dois meses em atraso, não há registro em carteira de trabalho, omissão no pagamento de impostos como INSS e FGTS. Diante desse descaso da empresa, alguns trabalhadores pediram demissão e ainda não tiveram seus direitos devidamente quitados por parte da empresa. O Sindicato dos Jornalistas do Tocantins, além de denunciar o caso à SRT, colocou seu departamento jurídico à disposição dos trabalhadores interessados em entrar com ações na Justiça do Trabalho e informará aos órgãos públicos que anunciam no jornal as irregularidades cometidas pela empresa. Ao invés de corrigir as irregularidades, o jornal resolveu atacar, através de coluna assinada pelo proprietário, o presidente do Sindicato. Mendes já acionou a Justiça. A FENAJ acha um absurdo a atitude da empresa, apóia a iniciativa do Sindicato de solicitar a fiscalização e se solidariza com o presidente, Élcio Mendes. Sindicato repudia atitude desrespeitosa do prefeito de Dourados contra jornalista Brasileira é uma das vencedoras do Prêmio de Jornalismo pela Tolerância da FIJ
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