O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo realiza nesta terça-feira (27/10), em sua sede (rua Rego Freitas 530, sobreloja – Vila Buarque), ato político em memória dos 40 anos da morte de Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar. Na ocasião, o auditório, que já leva o seu nome, receberá uma placa em sua homenagem e também dos jornalistas presos pelo regime de exceção.
O auditório Vladimir Herzog recebeu o nome do jornalista em 27 de outubro de 1975, dois dias após o seu assassinato nas dependências do Destacamento de Operações Internas – Centro de Operações de defesa (DOI- Codi) do II Exército. Outros profissionais da imprensa também foram presos pela ditadura naquele mês: Anthony de Christo, Diléa Frate, Fred Pessoa, George Duque Estrada, Luiz Paulo Galé, Marinilda Marchi, Paulo Markun, Ricardo de Moraes Monteiro, Rodolfo Konder (in memoriam) e Sérgio Gomes.
Há 40 anos, quando houve o assassinato de Vlado, os jornalistas compareceram em peso à sede do Sindicato para organizar a reação frente ao arbítrio. Sob a direção do então presidente da entidade, Audálio Dantas, decidiram marcar um protesto e determinaram que o espaço do auditório, onde eram realizadas as assembleias, passaria a se chamar “Vladimir Herzog”. Desde então, o local se tornou uma trincheira do movimento sindical e da sociedade civil para debate e organização das ações em defesa dos direitos humanos, das conquistas trabalhistas, da liberdade de imprensa e da democracia no Brasil.
São José do Rio Preto
No dia 29 de outubro, a jornalista e diretora do SJSP, Rose Nogueira, fará palestra e lançamento do projeto do “Centro da Memória da Luta Contra Ditadura” na Câmara Municipal de São José do Rio Preto. A atividade está marcada para as 15 e as 19h haverá palestra com estudantes de comunicação da Unilago (União das Faculdades dos Grandes Lagos). Rose foi da Ação Libertadora Nacional (ALN) e presa em 4 de novembro de 1969, em São Paulo (SP). Atualmente, a jornalista é diretora do SJSP e militante de causas ligadas aos Direitos Humanos.