Espaço inadequado, calor escaldante. A soma desses fatores tem como resultado o péssimo tratamento dado aos jornalistas e demais profissionais da Comunicação que foram designados a acompanhar a visita do presidente Lula à Maruim na manhã desta quarta, dia 15.
Segundo diversos colegas, os problemas já começaram no credenciamento. A forma de credenciamento é feita de forma online, o que para nós é adequado, mas ela se destina àqueles que vão representando veículos de Comunicação, sejam eles comerciais ou públicos.
Como vários jornalistas iam ao evento como assessores de comunicação, sejam de parlamentares (estaduais, federais e municipais) ou de prefeitos e prefeitas, a forma de cadastro oferecida foi outra, através de contato por telefone.
Foi garantido aos jornalistas que o acesso se daria pela inserção de seus nomes em uma lista e que as credenciais seriam fornecidas no local do evento. Ao chegarem à praça matriz de Maruim, os profissionais foram surpreendidos com a informação de que tal lista não existia. E foi só com muita conversa e insistência que os profissionais puderam acessar o espaço para realizarem seus trabalhos.
O espaço inadequado foi a maior crítica de todos aqueles que estavam na praça matriz da cidade de Maruim. Não houve, por parte de quem organizou o evento (Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Governo Federal), o mínimo cuidado no local onde os jornalistas e demais profissionais da Comunicação foram alocados para realizarem suas tarefas.
Sequer um toldo foi instalado, fazendo com que jornalistas, repórteres fotográficos e cinematográficos ficassem expostos ao calor escaldante que assolou a cidade. Além da própria exposição ao sol, alguns colegas foram acometidos por insolação e desmaios, foram atendidos prontamente, mas tais fatos são inadmissíveis.
Nosso relato do ocorrido e o nosso consequente repúdio ao tratamento dado aos jornalistas, não é somente por uma questão de que os jornalistas e demais profissionais da Comunicação têm que ter privilégios em relação às demais pessoas que participaram do evento e estiveram expostos às mesmas condições do clima, mas ao contrário de quem foi espontaneamente acompanhar o presidente Lula, os jornalistas que estavam lá foram desempenhar o seu trabalho em acompanhar um fato e, por sua vez, publicizar o ocorrido e, com isso em mente, é preciso que haja compreensão de quem organiza eventos deste porte, seja governo do estado, prefeituras municipais e, no caso de hoje, do governo federal de que as condições de trabalho para jornalistas e demais profissionais da Comunicação devem ser asseguradas.
Atualização:
O presidente do Sindijor, Milton Alves Jr. informa que foi contatado pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, na manhã desta quinta, dia 16, sobre o tratamento do governo federal aos jornalistas na ocasião da visita do presidente Lula a Maruim.
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