O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) se solidarizam com a jornalista esportiva Raiana Lucas, da Rádio São Francisco FM e do Canal Replay, vítima de ofensas machistas e ameaças por parte de torcidas organizadas do Crato Esporte Clube. A repórter realizava a cobertura da Série B do Campeonato Cearense no último domingo, 9, quando foi alvo de ataques.
Após críticas à liberação do Estádio Mirandão para jogos, mesmo com problemas de segurança e estrutura, membros das torcidas Jovem Crato, Bonde Império e Crato Nosso Amor passaram a proferir ofensas de cunho agressivo e misógino. A profissional relata que essa situação tem se repetido, destacando que colegas homens também fazem críticas semelhantes, mas os ataques violentos têm se concentrado exclusivamente nela, por ser mulher.
O Sindjorce repudia veementemente qualquer tipo de violência, machismo e misoginia contra jornalistas no exercício da sua profissão. Exigimos que o Crato Esporte Clube se responsabilize pelas ações de suas torcidas organizadas, tomando medidas concretas para coibir e prevenir novos episódios de violência.
Cobramos ainda da Federação Cearense de Futebol (FCF), entidade organizadora do Campeonato Cearense, que adote providências imediatas para garantir a segurança dos profissionais de imprensa durante as partidas, promovendo um ambiente de respeito e integridade.
O futebol deve ser um espaço de convivência pacífica e respeito, onde o trabalho jornalístico possa ser exercido com liberdade e segurança, sem qualquer forma de intimidação ou discriminação.