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Novas medidas foram tomadas na semana passada com relação à TV Brasil. Diálogo com parlamentares, posse do Conselho de Administração e lançamento de consulta pública compuseram o movimento oficial de concretização da TV Pública. O contraponto ficou por conta de setores da oposição ao governo federal no Congresso e de ações de emissoras privadas que querem restrições ao financiamento da TV pública através de publicidade.
No dia 30 de outubro a Frente Parlamentar Mista da Radiodifusão realizou audiência pública no Plenário 13 do Anexo II da Camara Federal, para discutir a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Televisão Pública através da Medida Provisória 389/2007. O Diretor José Carlos Torves representou a FENAJ na atividade. Tereza Cruvinel, Presidente da EBC, foi questionada pelos deputados presentes sobre o por quê da criação da empresa através de medida provisória e também sobre a composição do Conselho por indicação do Presidente da República. No dia seguinte (31/10), em assembléia extraordinária realizada na sede da TVE do Rio, houve a posse do Conselho de Administração da EBC, que será presidido pelo ministro da Comunicação Social, Franklin Martins e terá como conselheiros José Artur Filardi Leite (Ministério das Comunicações), Alessandra Cristina Azevedo Cardoso (Ministério do Planejamento), Ricardo de Almeida Collar (Secretaria de Comunicação Social) e a jornalista Tereza Cruvinel, que assumiu, também a presidência da direção executiva da empresa. Também no dia 31, a Anatel publicou as consultas públicas 833 e 835, que possibilitam a criação de novos canais nas freqüências de TV aberta. Briga de cachorro grande Já as emissoras comerciais optam pelo caminho que tradicionalmente utilizam para sufocar as emissoras públicas: cortar ao máximo as possibilidades de financiamento da TV Brasil. Historicamente estruturadas com o beneplácito e verbas publicitárias dos governos e com origens que remontam o período da ditadura das décadas de 1960 a 80, botam para debaixo do tapete o fato de serem concessionárias de um serviço público. E tramam, juntamente com a “bancada dos radiodifusores” no Congresso Nacional, para que se defina o que é publicidade institucional e apoio cultural. |





