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Foto: Márcia Quintanilha.

Na noite desta segunda-feira, 9 de setembro, durante o Ato em defesa da liberdade de imprensa, do jornalismo e da democracia, Paulo Zocchi, vice-presidente da FENAJ e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, falou em defesa da profissão na atual conjuntura de ataques aos jornalistas e ao jornalismo. “Um fato maior explica e justifica esta reunião de jornalistas, juristas, estudantes e democratas em defesa da liberdade de imprensa. A Constituição brasileira diz, em seu artigo 5º, que ‘é assegurado a todos o direito à informação’, e liga esse direito fundamental à prática do jornalismo. Neste momento, porém, temos no Brasil um governo inimigo declarado da atividade da Imprensa”, disse. Zocchi relembrou os ataques proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro. “Como chefe de Estado, anulou logo de início o caráter público da Empresa Brasil de Comunicação, e passou a atacar abertamente diferentes veículos, como Folha e Valor. E com o tempo, passou da palavra aos atos”, citando as medidas provisórias que restringem o financiamento do jornalismo impresso. O dirigente pontou, ainda, a importância de defender o trabalho dos jornalistas do The Intercept Brasil e o sigilo de fonte, motivo de mobilização. “E o que tanto incomoda Bolsonaro? É o fato de que as reportagens evidenciam as manipulações judiciais e o direcionamento político da Operação Lava-Jato, e, assim, trazem informações objetivas que questionam a própria legitimidade de seu mandato”, posicionou-se. Por fim, Zocchi retomou a Carta de Fortaleza, documento político do 38º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em Fortaleza, no final de agosto: “analisando esse cenário e a fragilidade dos processos condenatórios, nossa federação decidiu somar-se aos movimentos pela libertação imediata do ex-presidente Lula e pelo fim o quanto antes do atual governo, cuja permanência produz no Brasil, a cada dia, mais retrocesso de direitos trabalhistas e sociais, e mais destruição do patrimônio nacional”.