A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) está construindo, no Eixo Monumental, em Brasília, o primeiro Monumento à Liberdade de Imprensa do mundo, um projeto ousado que se transformará num marco arquitetônico e cultural para a capital brasileira. O Monumento, projetado pelo arquiteto mineiro Gustavo Pena, vai abrigar em seu subterrâneo um conjunto de salas interligadas, destinadas a receber eventos jornalísticos e culturais.
As obras foram iniciadas em 2001, com recursos captados pela Lei Rouanet e com investimentos da própria FENAJ. Os recursos da primeira fase foram suficientes para a conclusão da fundação. Atualmente, a construção está paralisada, aguardando nova etapa de captação, já autorizada pelo Ministério da Cultura. A FENAJ já está em contato com empresas públicas e privadas para conseguir novos parceiros para a realização desse ideal.
Apesar de todos os esforços desenvolvidos pela FENAJ para transformar o sonho do Monumento em símbolo concreto da luta dos jornalistas em defesa da liberdade de imprensa, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal fez circular, em seu boletim de nº 71, de setembro, algumas informações equivocadas e outras inverídicas, sobre o projeto e sua execução.
Primeiramente, faz-se necessário esclarecer que o Monumento à Liberdade de Imprensa é um projeto da FENAJ. O terreno de 7,7 mil metros quadrados, ao lado do Monumento JK, no qual o monumento será erguido, é de propriedade do Governo do Distrito Federal, que cedeu à FENAJ o direito de uso. O Ministério da Cultura aprovou a inclusão da construção na Lei Rouanet e autorizou a FENAJ a captar os recursos necessários à execução da obra. Os recursos captados na primeira fase foram totalment_ empregados no projeto e a prestação de contas dos mesmos foi apresentada ao Ministério da Cultura, que a aprovou. O mesmo Ministério da Cultura autorizou a FENAJ a continuar captando recursos para a conclusão das obras.
Em segundo lugar, é necessário esclarecer que o Instituto Henfil foi criado pela própria FENAJ, em 1998, durante o 28º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado no Rio de Janeiro, para desenvolver projetos educacionais e culturais, com o aval da Federação. Na mesma ocasião, foi escolhida a diretoria do Instituto, cujo mandato expirou em 2001. Nesse ano, a então diretoria-executiva da FENAJ convocou a diretoria do Instituto Henfil para uma assembléia geral na qual seria aprovado o Estatuto da entidade e eleita a nova diretoria. Infelizmente, nenhuma entidade-membro participou da assembléia, a não ser a própria FENAJ. A então diretoria do Sindicato do Distrito Federal não enviou representante à assembléia. Desde então, o Instituto Henfil está inativo. Portanto, é inócua a decisão da atual diretoria do Sindicato do DF de se retirar dos quadros e da diretoria do Instituto Henfil, conforme comunicado à FENAJ por meio do ofício nº 065/2005, de 12 de setembro último.
Na reunião do Conselho de Representantes da FENAJ, realizada dias 10 e 11 de outubro de 2003, em Florianópolis, por proposta da então presidente da FENAJ, Beth Costa, ficou decidido que, numa reunião futura do mesmo Conselho, seria discutido o destino do Instituto Henfil. A atual diretoria-executiva vai estudar as possibilidades e apresentar uma proposta na próxima reunião do Conselho de Representantes, a ser realizada em março do próximo ano, em Londrina.
Em sua reunião ordinária, realizada no último dia 14, a diretoria-executiva decidiu informar, ainda, que os pedidos de esclarecimentos feitos pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, sobre o Monumento à Liberdade de Imprensa, foram prontamente respondidos. No ofício nº 088, de 29 de junho de 2001, a FENAJ chegou a propor à direção do Sindicato do DF uma reunião – com a presença do engenheiro responsável pela obra e da contadora da FENAJ – para esclarecimentos adicionais. Tal reunião não ocorreu por falta de interesse dos dirigentes sindicais do DF.
A diretoria-executiva reafirma que todas as informações do Monumento à Liberdade de Imprensa, do Instituto Henfil e da própria FENAJ estão à disposição de qualquer Sindicato filiado, em nossa sede. Por fim, mais uma vez lamenta as atitudes de dirigentes do Sindicato dos Jornalistas do DF que insistem em fazer uma oposição cega à FENAJ, prejudicando projetos e ações que, certamente, beneficiam a todos os jornalistas brasileiros. Tal posicionamento de dirigentes do Sindicato do DF já provocaram moções de repúdio em eventos nacionais dos jornalistas e, ainda assim, lamentavelmente, é mantido.
Brasília, 19 de setembro de 2005.
Diretoria Executiva da FENAJ