Assembleia em SP inicia campanha salarial de Jornais, Revistas e Assessoria de Imprensa

364
Ainda sem um desfecho para a campanha salarial dos jornalistas de Rádio e TV, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo realiza nesta quinta-feira (22/04) assembleia para deflagrar a campanha salarial dos profissionais do segmento de Jornais, Revistas e Assessoria de Imprensa da capital e interior. No Ceará, dirigentes do Sindicato dos Jornalistas foram impedidos de entrar na redação do jornal O Povo. E na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei que regulamenta o acesso a informações da administração pública foi aprovado no dia 13 de abril. Acompanhe!

A assembleia de aprovação da pauta de reivindicações dos profissionais de Jornais, Revistas e Assessoria de Imprensa de São Paulo será nesta quinta-feira, às 12 e 20 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas (rua Rego Freitas, 500 – sobreloja) e também nas regionais. A intenção da entidade é acelerar as negociações. “Os empresários utilizaram a tática do cansaço e dificultaram o quanto puderam a campanha do ano passado, a exemplo do que está acontecendo com rádio e TV. Agora, pretendemos fechar nossa pauta de reivindicações o quanto antes para que, quando chegarmos em junho, as negociações já estejam adiantadas”, disse o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo.

Buscando concluir as negociações e chegar a um acordo, os jornalistas de Rádio e TV de São Paulo desenvolvem a campanha “Vergonha – As TVs lucram muito e pagam pouco”, denunciando para a sociedade que os patrões, que lucraram R$ 13 bilhões em publicidade em 2009, não valorizam os trabalhadores.

Diretores e delegados do Sindicato do Ceará são barrados no jornal O Povo
Após uma maratona de visitas a redações e assessorias, a presidente do Sindjorce, Déborah Lima, acompanhada dos jornalistas Salomão de Castro, assessor de imprensa do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE), e Samira de Castro, repórter de Economia do Diário do Nordeste, ambos delegados eleitos para representar os profissionais cearenses no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, foram impedidos pela chefia do jornal O Povo de ter acesso à redação na quinta-feira passada (15/04). O grupo havia agendado uma visita à empresa para distribuir os informes do VIII Congresso Estadual dos Jornalistas, realizado de 9 a 11 de abril, em Fortaleza.

Outros dois diretores do Sindjorce – Mirton Peixoto e Francisco Ferreira Gatto, funcionários do O Povo – esperavam os colegas para que, juntos, percorressem a redação, distribuindo o material e fazendo uma fala sobre o congresso. Para surpresa dos dirigentes, uma funcionária disse que o grupo não poderia subir até a redação, pois a visita estava marcada para às 17 horas e já passavam das 18 horas. E que, naquele horário, não seria possível a presença dos diretores na redação, pois prejudicaria o fechamento do jornal. Restou a presidente e delegados conversarem no pátio da empresa com os jornalistas que subiam e desciam da Redação.

“Esta não é a primeira vez que somos barrados no jornal O Povo. A má vontade da chefia com os dirigentes do Sindjorce é antiga. Na última visita que fizemos a Redação, a chefia também tentou nos barrar, mas o diretor André Azevedo liberou a entrada dos dirigentes mostrando ter mais respeito aos representantes do Sindicato do que alguns de seus empregados”, lembrou Déborah Lima.

Câmara aprova PL que regulamenta o acesso a informações públicas
Aprovado na Câmara dos Deputados no dia 13 de abril, o Projeto de Lei que regulamenta o acesso a informações da administração pública, ainda precisa ser apreciado pelo Senado para, posteriormente, ser submetido à sanção do presidente da República. Embora tenha recebido cinco emendas do Plenário, o projeto não sofreu mudanças significativas em seu conteúdo. Mais de 80 países já possuem legislação sobre liberdade de informação, mas no Brasil ainda vigora o sigilo eterno de documentos.

Se o projeto for aprovado, os poderes executivo, legislativo e judiciário, empresas estatais, autarquias, fundações e ONGs que recebam dinheiro público deverão ter uma política de transparência em relação a seus documentos. O projeto prevê o acesso imediato a registros de interesse público ou em um prazo máximo de 20 dias.