Câmara abre inquérito para apurar agressão a repórter da EBC

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A pedido da direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Câmara dos Deputados abriu inquérito para apurar responsabilidades sobre a agressão sofrida pela jornalista Pollyane Marques, após reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, no dia 3 de abril. A repórter tentava fazer perguntas para o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da CDHM, quando foi empurrada e atingida por uma cotovelada no rosto.

Pollyane Marques é repórter do Radiojornalismo da EBC. O incidente ocorreu logo após o término da reunião em que foi proibida a entrada de manifestantes contrários à permanência do deputado na presidência do colegiado. “Perguntei se era democrático fugir da imprensa. Quando perguntei pela segunda vez, senti um empurrão mais forte. Estava muito próxima do deputado Marco Feliciano. Perguntei se era democrático os seguranças baterem na imprensa e, em seguida, senti a cotovelada”, relata.

Acompanhada por representantes da EBC, ela prestou queixa na Polícia Legislativa da Câmara e fez exame de corpo de delito na Polícia Civil do Distrito Federal. Ela teve ferimentos na boca e nos joelhos. A jornalista disse que não conseguiu identificar o autor da agressão. “Tinha assessores do [deputado] Feliciano e seguranças da Câmara, mas não posso precisar quem foi”, disse, com a certeza de que a agressão foi uma ação deliberada.

Em nota oficial, além de solidarizar-se com a profissional, o Sindicato dos Jornalistas do DF repudiou a ação truculenta e anunciou que cobraria da presidência da Câmara dos Deputados providências contra o agressor, bem como a garantia de condições adequadas de segurança para o trabalho dos jornalistas.

Com informações da Agência Brasil e do SJPDF