O Sindicato dos Jornalistas do DF voltou a se reunir nesta sexta-feira, 8/12, com o Correio Braziliense para tratar de algumas pendências financeiras da empresa com os jornalistas. Além dos problemas que ocorreram de atrasos de salários e do tíquete alimentação nos últimos dois meses, os diretores do Sindicato também solicitaram explicações sobre o comunicado dado pelo jornal do congelamento das férias dos funcionários.
A direção do jornal Correio Braziliense decidiu congelar as férias de seus funcionários até 30 de junho de 2018, sendo mantidas somente as férias compulsórias . O congelamento, segundo os gestores do veículo, é uma medida para ajudar a amenizar o problema econômico enfrentado pela empresa.
Durante reunião com dirigentes do Sindicato dos Jornalistas do DF, os representantes do jornal disseram que o cronograma de acertos das pendências anteriores (atrasos de salários e do tíquete alimentação) foi finalizado pela empresa. O veículo creditou no dia 30 de novembro as notas de outubro dos freelas e os pagamentos dos tíquetes de alimentação e dos salários dos gerentes e editores atrasados.
A proposta apresentada pelos jornalistas do veículo de pagar os free lancers nos dias 10 de cada mês foi recusada pelo Correio. A empresa justificou que neste mês de dezembro os pagamentos desses profissionais serão efetuados no dia 20 e que voltará a discutir essa questão somente em janeiro.
“O Sindicato tem atuado de forma proativa em relação às irregularidades do Correio. O cronograma de pagamento dos atrasos foi aprovado em assembleia dos trabalhadores. Em relação às férias, não é ilegal, visto que o empregador é responsável por decidir o melhor período de descanso dos trabalhadores. No entanto, muitos colegas foram pegos de surpresa com a medida. O Sindicato está avaliando a questão junto ao seu jurídico”, afirma Wanderlei /Pozzembom, coordenador-geral do SJPDF.
Férias
De acordo dos representantes do veículo, a medida de congelamento vale para toda a empresa. Ficou a cargo dos gestores receberem os formulários de suas equipes para “conhecimento e ciência dos funcionários que se enquadram na condição de férias compulsórias”.
A empresa também deixou aberta a possibilidade daqueles trabalhadores que já tinha marcado seus compromissos de férias entrar em comum acordo com seu gestor para retirar o período por meio de compensação de horas.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas do DF.