A maior central sindical brasileira, a CUT, programou para o Dia Internacional do Trabalhador, 1º de Maio, um mega-evento. Segundo anunciou, serão sete horas de shows ao vivo com grandes artistas da música popular brasileira. No plano das lutas, a principal reivindicação é a redução da jornada de trabalho.
O mega-evento organizado pela CUT será no autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo, com início previsto para as 11h e término às 18h. “Como nos anos anteriores, vamos proporcionar às famílias dos trabalhadores sete horas de shows ao vivo, com artistas queridos pelo público, e convocaremos a população a lutar junto conosco pela redução da jornada de trabalho, sem redução nos salários, que, além de poder gerar mais empregos, oferecerá uma maior qualidade de vida”, afirma o presidente da CUT/SP, Edílson de Paula. Segundo a Central, a média de público em seus eventos nos últimos quatro anos, é de 1 milhão de pessoas.
Como estratégia de divulgar esta histórica bandeira de luta, a CUT reforçará a importância do Abaixo-Assinado da Campanha Nacional, que reivindica a aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de emenda constitucional nº 393/01 que determina a redução de 44 horas para 40h semanais, sem redução nos salários. A CUT em conjunto com as demais Centrais Sindicais assumiram um compromisso em coletar mais de 1 milhão de assinaturas até 28 de maio. A idéia é entregar este documento ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.
A reivindicação da redução da jornada de trabalho unifica quase todas as centrais e organizações do movimento sindical. Mas muitos condenam o caráter festivo dos eventos programados pelas grandes centrais, como CUT e Força Sindical. Consideram que tais eventos descaracterizam o sentido do 1º de Maio como dia internacional de luta da classe trabalhadora. Diversos outros eventos estão sendo convocados paralelamente. Outro ato, por exemplo, está programado para as 10h30, na Praça da Sé, também em São Paulo.
Dia histórico
No Brasil o 1º de Maio é comemorado desde 1895. A data tornou-se feriado nacional a partir de 1925 e homenageia uma greve geral ocorrida em 1886, nos Estados Unidos, quando trabalhadores reivindicaram a redução da jornada de trabalho para 8h diárias. Após o primeiro dia de greve, começou forte repressão policial. No dia 4 de maio, no chamado “Massacre de Chicago”, a repressão a um ato público resultou na morte de 80 operários.
Com informações da CUT/SP