A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) retificou, no dia 26 de julho, o edital do concurso que oferece 119 vagas para os cargos de repórter cinematográfico e repórter fotográfico. O texto original exigia nível superior em qualquer área de formação, mas não constava o requisito de registro profissional para o exercício de tais funções. Acompanhe, também, os protestos dos jornalistas de São Paulo contra demissões e informações sobre o PL 455/11, que prevê isonomia na jornada de trabalho da categoria.
A retificação foi solicitada pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e pela FENAJ, representando os interesses dos profissionais que já atuam no mercado de trabalho e foram prejudicados com a regra anterior, que possibilitava o ingresso de pessoas não qualificadas.
Houve retificação, também, do Edital nº 1. As vagas em disputa no certame são para as cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Tabatinga (AM) e São Luís/MA. As inscrições encerraram-se no dia 7 de agosto. As pessoas já inscritas que quiserem a devolução de suas respectivas taxas de inscrições terão prazo de 22 a 26 de agosto para solicitarem.
Jornalistas protestam contra demissões em São Paulo
O Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo deve retomar, na próxima semana, as negociações da campanha salarial dos profissionais em jornais e revistas do interior, conforme solicitação do sindicato patronal. Mas a readmissão do dirigente sindical Carlos Castro, de Piracicaba, é fundamental para a retomada do diálogo em bons termos. A categoria prossegue protestando contra a demissão de Castro, promovida pelo dono do Jornal de Piracicaba, Marcelo Batuíra, que também é presidente do Sindicato dos Jornais e Revistas do Interior (Sindjori). Paralelamente, o Sindicato dos Jornalistas tem acionado sua assessoria jurídica para assegurar os direitos dos trabalhadores diante do quadro de demissão em massa que atingiu as redações do Grupo Mogi News e funcionários da Rádio Record de São Paulo.
Projeto reafirma que jornalista de empresa não jornalística tem direito a cinco horas
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 455/11, da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que assegura ao jornalista profissional que exerça atividades privativas da categoria em entidade pública ou privada não jornalística a mesma jornada de trabalho dos profissionais empregados em empresas jornalísticas (cinco horas diárias, com possibilidade de duas horas extras por dia). A proposta visa a garantir tratamento isonômico a todos os jornalistas que exercem atividades privativas da categoria. O projeto foi apensado ao PL 3981/08, do ex-deputado Celso Russomanno, que cria os conselhos Federal e regionais de Jornalismo. Os projetos tramitam em caráter conclusivo e serão analisados pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.