Fenaj e Sindicato do Norte do Paraná repudiam agressões a jornalistas

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nota-oficialA Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná repudiam as agressões de manifestantes da Universidade Estadual de Londrina contra a jornalista Lívia Oliveira, repórter da TV Tarobá, em Londrina. A jornalista estava a trabalho quando foi agredida verbalmente e ameaçada por alguns estudantes do movimento de ocupação.

Na quarta-feira, dia 16, o sindicato recebeu a denúncia da jornalista Lívia Oliveira, da TV Tarobá, sobre agressões verbais ocorridas no mesmo dia. Ela fazia uma apresentação ao vivo da UEL em que tratava deu abertura para posicionamentos diferentes dentro do movimento, quando passou a ser xingada, com tentativas para que não conseguisse completar a reportagem. A repórter afirma que as primeiras agressões ocorreram na presença da presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que lhe pediu desculpas. No entanto, em seguida, com a saída da representante dos estudantes, as ameaças e agressões continuaram.

Para a jornalista ameaçada, o sindicato e a Fenaj prestam solidariedade e assessoria jurídica, que já atendeu a outros profissionais com problemas semelhantes nos últimos meses. Para a categoria, o sindicato irá organizar debates acerca do cenário atual da profissão, bem como cobrar das empresas a adoção de medidas de proteção física, demanda antiga nas mesas de negociação.

O caso em Londrina não é o primeiro na cidade e engrossa um problema nacional, que é o desrespeito à segurança do jornalista como trabalhador. As agressões são resultado do recrudescimento da crise política dos últimos anos, no País e no Paraná, que divide e deixa o sentimento de desamparo aos cidadãos.

Faz-se a defesa do direito à manifestação política, de grupos com qualquer posicionamento político, como um dos pilares da democracia. No entanto, nenhum tipo de violência pode ser aceita, não por este sindicato e pela federação, nem por qualquer cidadão.

O sindicato já havia recebido na semana passada reclamações de trabalhadores da imprensa sobre agressões, desrespeito e comportamento agressivo na cobertura de ocupações dentro da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Na mesma data, a diretoria sindical convocou uma reunião com os editores chefes dos principais meios de comunicação de Londrina, para ouvir as queixas e expressar a posição de defesa do exercício da profissão.

Na sequência, foi aberta uma discussão com representantes da comissão de comunicação da ocupação do CECA/ UEL, no CECA, com a presença de alguns estudantes da ocupação da reitoria. A posição do sindicato foi clara, de que defende o jornalismo e, principalmente, os jornalistas. Defende o direito ao trabalho, direito básico, aliás. Ainda, que exige segurança e repudia qualquer ameaça. Foi feito um acordo e os representantes das ocupações ficaram de repassar o posicionamento aos de outras ocupações

Com lado
Vale ressaltar que o sindicato e a federação dos jornalistas têm um posicionamento político, que independe da defesa do respeito aos trabalhadores. As entidades apoiam manifestações contrárias ao crescente avanço de medidas governamentais para tirar direitos de trabalhadores e reduzir a assistência social à população, ainda mais em um País onde a cobrança de impostos é maior sobre o consumo do pobre do que sobre renda, propriedade e grandes fortunas. Mas, de novo, não se pode tolerar a violência.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná
Federação Nacional dos Jornalistas