Desenvolver uma ampla campanha de valorização da profissão, com a defesa da formação específica, da criação do Conselho Federal dos Jornalistas e as lutas contra a precarização das relações trabalhistas e pela liberdade de imprensa, foi a principal resolução da Diretoria da FENAJ, reunida dia 25 de março. Uma posição sobre a reforma sindical será definida em nova reunião do Conselho de Representantes da Federação.
A intensificação da luta pela valorização da profissão de jornalista incluirá campanha publicitária e ampliação das articulações políticas com instituições públicas, Congresso Nacional e com a sociedade. Já no Dia do Jornalista, 7 de abril, será lançada nota pública da FENAJ com ênfase no CFJ, na defesa do diploma, na conduta ética e na fiscalização do exercício profissional como mecanismos de proteção aos jornalistas, que lhes garanta autonomia para o exercício da função sem interferência do Estado e do poder econômico.
Uma agenda de debates nos estados, incluindo seminários, encontros e congressos, envolvendo entidades como a OAB, igrejas e movimentos sociais, será desenvolvida a partir de maio. Também estão previstas audiências com líderes partidários no Congresso Nacional e solicitação de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.
A retomada de dias nacionais de luta em defesa da profissão, articulações com o Ministério Público do Trabalho para coibir as fraudes nas empresas contra as relações de emprego, um levantamento junto aos sindicatos dos jornalistas sobre a “pejotização” – contratação de profissionais como Pessoas Jurídicas – em suas bases e a ampliação das ações em defesa da liberdade de imprensa, complementam o rol de resoluções.
Quanto à reforma sindical, a posição da FENAJ será deliberada numa reunião do Conselho de Representantes a ser realizada ainda no primeiro semestre de 2005, após amplo debate nos Sindicatos dos Jornalistas, com análise mais aprofundada da proposta encaminhada pelo Governo Lula ao Congresso Nacional.