![]() Na visita à ONU a FIJ lançou uma campanha de proteção e segurança dos jornalistas. “O assassinato de jornalistas continua a aumentar em todo o mundo, apesar da multiplicidade de instrumentos internacionais, leis internacionais de direitos humanos universais, as leis de direitos humanos, convênios, declarações e resoluções que são simplesmente ignoradas por muitos governos”, considerou Jim Boumelha. “Nossa mensagem para a Assembléia Geral é a utilização de quaisquer mecanismos que tem em seu poder para forçar os Estados membros a cumprirem rigorosamente a sua responsabilidade sob as leis internacionais para proteger os jornalistas e acabar com a impunidade”, complementou. Desde que o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 1.738 sobre a segurança dos jornalistas em áreas de conflito e a impunidade, mais de 600 jornalistas morreram, a grande maioria deles assassinados em seus próprios países. Em entrevista coletiva à imprensa após o encontro, Al-Nasser apoiou a campanha. “É inaceitável que jornalistas sejam assassinados todos os anos, mas os assassinos muitas vezes prossigam livres”, disse, conclamando “todos os amantes da paz, os Estados membros, os atores da sociedade civil e do setor de mídia para apoiarem a aprovação da recomendação da conferência [de Doha]”. As recomendações resultantes da Conferência de Doha, foram distribuídos pelo presidente Al-Nasser a todos os 193 membros da ONU. Entre outras questões é recomendado que a ONU desenvolva novas ferramentas de relação com os Estados membros, com a aceitação de uma obrigação permanente de proteger os jornalistas, a adoção de reformas de seus mecanismos e procedimentos, tais como através de organizações regionais de segurança, ampliando os mandatos dos relatores especiais e os órgãos competentes, maior acompanhamento, inspeções e sanções obrigatórias, além da criação de uma unidade para acompanhar casos de mídia no Conselho de Direitos Humanos. “Precisamos de uma ação renovada pela ONU para começar a forçar os Estados membros a aplicarem as disposições atuais, mas também para desenvolverem novas ferramentas. Está claro que a abordagem incremental provou-se insuficiente e a FIJ liderará movimentos para tapar os buracos que a impunidade permitiu o florescimento”, acrescentou Boumelha. Outra iniciativa da FIJ na ONU é o lançamento, pela UNESCO, de uma consulta sobre um novo Plano para Segurança de Jornalistas e combate à impunidade. Perseguição a jornalistas e o papel da grande mídia Ao final do evento foi aprovada a “Declaração de Caracas” . O argentino Juan Carlos Camaño foi reconduzido à presidência da FELAP e o diretor da FENAJ e o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Londrina, Ayoub Hanna Ayoub, foi eleito para a Vice-presidência Brasil da entidade. Com informações da FIJ/Ásia e da FELAP
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