Gazeta do Povo demite mais onze e aumenta insegurança entre jornalistas no Paraná

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demissoes_tribuna_internaO jornal Gazeta do Povo, do Paraná, anunciou na quarta-feira (12), mais 11 demissões de profissionais do impresso. Há algumas semanas, a empresa havia demitido três jornalistas e fechado postos de trabalho. Os cortes mais recentes também atingem outras áreas do jornal, como a gráfica.

Em nota oficial, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (SindijorPR) condenou o processo de demissões como modelo de gestão para combater qualquer crise, ignorando o fato de que não se faz jornalismo sem jornalistas. “Foram demitidos, inclusive, profissionais premiados, o que mostra a desvalorização desses trabalhadores que fazem a imagem do jornal. Por outro lado, na contramão da crise, a Gazeta do Povo mantém os altos cargos da burocracia da empresa e com salários mais altos”, registra a nota.

A entidade repudiou as demissões que tornaram-se recorrentes desde o segundo semestre do ano passado. Em agosto de 2014, 23 profissionais haviam sido demitidos pelo jornal Gazeta do Povo. Ao todo, entre 2011 e 2014, o GRPCOM demitiu 78 profissionais, sendo 43 da Gazeta do Povo, 25 da RPC-TV e 10 da Tribuna do Paraná, que se somam às 13 do ultimo mês na Gazeta.

Segundo dados do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, nos últimos dois anos dez empresas no estado demitiram 156 profissionais. Ao todo, foram 287 demissões no período, em rádio, TV e jornal.

Além de prestar auxílio jurídico aos jornalistas, o SindijorPR prepara medida judicial contra as recentes demissões. Os casos também serão levados ao Ministério Público do Trabalho, devido ao fracionamento das demissões, uma tentativa de descaracterizar dispensa coletiva, prevista na Convenção dos jornalistas.