O jornalista Fabrício Azevedo está respondendo a processo administrativo por determinação do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do Supremo Tribunal Federal, porque usou o termo “psiu” para pedir um esclarecimento ao juiz. O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal repudiou a atitude do magistrado.
Funcionário concursado do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Fabrício Azedo, segundo o Sindicato do DF, usou o termo “psiu” para chamar a atenção do juiz – que na ocasião ainda não havia sido nomeado para o STF – e pedir esclarecimento sobre um processo que havia sido julgado numa sessão do STJ. Ele estava trabalhando e redigiria uma matéria para a página do STJ na Internet.
Como Direito negou-se a atendê-lo, o jornalista tentou obter uma cópia do processo no gabinete do juiz que, também segundo o Sindicato do DF, foi negada por um de seus assessores. Azedo esclareceu à comissão apuradora do caso que não pretendeu ser descortês com o ministro Carlos Alberto Menezes Direito.
Para a diretoria do Sindicato, a postura do ministro foi autoritária e incompatível com a serenidade e a prudência exigidas de um integrante da mais alta Corte de Justiça do País. “Sobretudo quando se sabe que, na função de ministro do Supremo, cabe também a ele zelar pela proteção de direitos fundamentais garantidos em nossa Constituição, como a liberdade de imprensa e a publicidade dos atos judiciais”, diz z nota de repúdio do SJDF.