Jornalistas ajudam os atingidos pelas enchentes em Pernambuco e Alagoas

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As chuvas dos últimos dias que castigam os estados de Pernambuco e Alagoas já afetaram mais de 170 mil pessoas. A Defesa Civil já confirmou 45 mortes e quase 80 mil desabrigados nos dois estados. Os Sindicatos dos Jornalistas de Pernambuco e de Alagoas participam do movimento de apoio às comunidades atingidas. Veja, também, o protesto dos Sindicatos dos Jornalistas de Roraima e do Piauí contra o cerceamento à liberdade de expressão às vésperas das Eleições 2010 e sobre a greve que a Federação Nacional da Imprensa Italiana prepara contra a Lei da Mordaça recentemente aprovada no Senado do país.

Alimentos não perecíveis, água mineral, colchões, lençóis, material de limpeza, produtos de higiene pessoal, roupas e sapatos infantis podem ser doados em diversos locais de coleta. O Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE) se incorpora a essa corrente de solidariedade e se integra no apoio às famílias atingidas divulgando locais para entrega de doações.

A FENAJ soma-se aos esforços de apoio aos desabrigados e apela as jornalistas brasileiros que colaborem com a campanha de doações. Os pontos de coleta de donativos estão disponíveis nos sites dos Sindicatos dos Jornalistas de Pernambuco e deAlagoas, onde também constam informações sobre contas bancárias para contribuições financeiras.

Sindicatos protestam contra cerceamento à liberdade expressão
Em nota emitida no dia 15 de junho, o Sindicato dos Jornalistas de Roraima protestou contra o cerceamento à liberdade de expressão que vem ocorrendo no estado com a proximidade das Eleições 2010. “A liberdade de expressão é um preceito constitucional garantido a qualquer cidadão. Entretanto, profissionais da Imprensa em Roraima, legítimos responsáveis por levar a informação à população, para que a mesma possa lutar pela garantia de seus direitos, estão sofrendo censura e perseguição por políticos e partidos, numa tentativa de intimidar e calar esses profissionais”, diz o documento.

Já o Sindicato dos Jornalistas do Piauí lançou nota de repúdio no dia 21 de junho. Segundo o documento a censura política aos meios de comunicação no Piauí “se manifesta através de ações judiciais contra jornalistas e veículos de comunicação como forma de intimidá-los e de silenciar a imprensa, atingindo a sociedade piauiense no seu sagrado direito à informação com pluralidade, responsabilidade e ética”. O Sindicato denunciou, também, que quando não se faz através de ações judiciais, a censura à imprensa acontece por meio de ameaças e até agressões físicas contra profissionais no livre exercício da profissão e através da censura econômica às empresas de comunicação.

Jornalistas reagem à Lei da Mordaça na Itália
O Senado italiano aprovou, no início de junho, uma “Lei da Mordaça”, que limita as escutas telefônicas em investigações criminais e pune com prisão e multas jornalistas que publiquem conteúdos ligados a tais interceptações. Segundo a proposta, veículos de comunicação só podem publicar resumos dos processos judiciais baseados em escutas telefônicas ou que correm em segredo de justiça.

Embora ainda tenha que passar pela Câmara dos Representantes, a matéria tem sua tramitação acelerada por iniciativas do governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Contrária a tal medida, a Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI) convocou uma greve dos trabalhadores da mídia para o dia 9 de julho, batizado de “Dia do Silêncio”.