Os jornalistas do Diário de S.Paulo cruzaram os braços no último dia 10 em protesto contra os frequentes atrasos de pagamentos e a continuidade da greve foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores e trabalhadoras em assembleia na tarde desta segunda-feira, 16, em frente à sede do jornal, em São Paulo. Além dos salários, estão em atraso o pagamento de benefícios, de férias e também o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em reunião realizada com a direção da empresa, na quarta-feira, 11, os representantes do Diário não deram sinalização de um prazo para pagamento dos débitos e nem fizeram proposta de negociação ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). Contudo, apesar dos atrasos frequentes que ocorrem há mais de um ano, a empresa tem tentado “furar” a greve chamando “free lancers” para trabalhar com pagamento adiantado e por dia, como tem sido denunciado pelos grevistas.
Os profissionais denunciam, ainda, que, para manter o jornal circulando, a direção do Diário também está reproduzindo matérias de outros veículos sem a assinatura com o devido crédito ao jornalista que produziu o texto. Segundo os trabalhadores, a empresa está fazendo a reprodução de notícias de veículos com os quais nunca houve qualquer parceria, como é o caso do Lance.
Na avaliação dos dirigentes do Sindicato, a atitude da direção do Diário caracteriza prática antissindical pelo desrespeito ao direito de greve, que é garantido pela Constituição, além da falta de ética pela ausência da assinatura do jornalista nas matérias reproduzidas.
Fonte: SJSP