Jornalistas homenageiam Vlado em São Paulo

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Aparentemente, não é o jornalista Vladimir Herzog que aparece nas fotos publicadas pelo Correio Braziliense no último dia 17. Segundo o Governo, a ví­tima da humilhação é um padre canadense. A polêmica em torno das fotos ressalta a urgência em abrir definitivamente o acesso da sociedade às informações públicas, como é o caso dos arquivos do perí­odo da ditadura militar. Ressalta, também, a importância de eventos que lembrem esse dramático perí­odo da história recente do Paí­s. Esse é um dos méritos do Prêmio Jornalí­stico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, instituí­do em 1979 pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, e que tem o apoio da FENAJ. A 26º edição do maior prêmio brasileiro de direitos humanos acontece nesta segunda-feira, 25, às 19h30min, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Além de reverenciar a memória de Vlado, preso, torturado e morto nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo, há exatos 29 anos, o Prêmio reconhece e destaca jornalistas que, através de seu trabalho, colaboram com a promoção da cidadania e dos direitos humanos e sociais.

Esta edição do Boletim também apresenta o resultado da audiência concedida pelo ministro Tarso Genro, da Educação, aos representantes da FENAJ, SBPJor e Fórum de Professores de Jornalismo, na quinta-feira passada. As entidades reivindicaram participação no processo de reforma universitária, oferecendo contribuições do campo de jornalismo. Especificamente, a FENAJ ressaltou sua histórica preocupação com a formação e a qualidade do ensino e entregou, ao ministro, documento com as deliberações do 31º Congresso Nacional da Categoria, que aprovou proposta de reavaliação das condições de oferta, com uma moratória de seis meses na abertura de novos cursos. A FENAJ vai cobrar um posicionamento do Ministério.

A Diretoria da FENAJ