A juíza do trabalho substituta, Selma Thury Vieira Sá Hauache, cassou, no dia 3 de junho, a liminar que reintegrou o jornalista Cristóvão Nonato à TV Cultura do Amazonas. O Sindicato dos Jornalistas do estado encaminha à justiça, nesta semana, mandado de segurança para reverter tal decisão. Veja entre as lutas dos jornalistas, também, a tentativa do Sindicato do PR de reverter a demissão coletiva promovida pelo jornal Folha de Londrina e informações sobre as campanhas salariais da categoria em Alagoas, Minas Gerais e no Distrito Federal. Estranhamente, a cassação ocorreu três dias após o recebimento pela diretoria da TV Cultura do documento expedido pela sua colega a juíza, Márcia Nunes Bessa, titular da 4ª Vara do Trabalho, que se julgou impedida de prosseguir o caso alegando motivos de foro íntimo. “A decisão estava sendo esperada uma vez que a direção da TV impediu desde o recebimento da liminar a minha reintegração de fato nas funções que desempenhava na emissora, me exigindo absurdamente vários exames médicos com objetivo claro de ganhar tempo e cassar a decisão”, afirmou Cristóvão Nonato, que condenou a estratégia da direção da Funtec, inclusive, envolvendo o médico da empresa. Outro fator que causou espanto em Nonato, que é o atual secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, foi a saída da juíza titular do caso que, em sua peça, cita a legislação que diz que sindicalista só pode ser demitido em processo feito na Justiça e não em sindicância realizada pela empresa, como foi o caso de sua demissão arbitrária. O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (SJPAM), César Wanderley, ficou apreensivo com a cassação da liminar, principalmente porque a juíza afirma, no despacho, que Cristóvão foi demitido em processo administrativo com direito a ampla defesa, o que não é verdade. “Ela diz que nos autos consta que o jornalista teve direito a ampla defesa e aceita plenamente o argumento da Funtec, sem ouvir a outra parte. Cristóvão só foi ouvido uma vez e não recebeu sequer o resultado do suposto inquérito”. Para César, “esta é uma decisão cercada de muita expectativa em toda a sociedade, e no meio jornalístico, por se tratar de uma flagrante perseguição a um colega jornalista e sindicalista, por razões óbvias de estar em meio a uma campanha na defesa de seus colegas da TV Cultura que estão com salários defasados há 14 anos e trabalhando em situação lamentável”. O presidente afirma que a batalha vai continuar na defesa firme do colega, da causa dos funcionários da Funtec e pelo exercício pleno do direito numa sociedade democrática. “Essa decisão já está sendo questionada pelos nossos advogados e pretendemos ter uma decisão judicial reparadora muito em breve”, afirmou Wanderley. Folha de Londrina promove demissão coletiva na sucursal de Curitiba Jornalistas de Alagoas adiam decisão sobre greve Negociações em Minas Gerais continuam indefinidas Jornalistas do DF aprovam Convenção Coletiva
|