Manifestações de protesto marcaram ação sindical dos jornalistas nas últimas semanas

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No combate às agressões contra a categoria o Sindicato do ES repudiou as ameaças de um vereador de Santa Maria de Jetibá contra dois profissionais. No AM, três prefeitos são acusados de censurar um blog. O Sindicato de SP e a FENAJ condenaram a cobertura de alguns veículos de comunicação com relação a conflitos agrários. No RS entidades solidarizaram-se com o jornalista Luiz Cláudio Cunha, que está sendo processado. Veja, também, informações sobre a campanha salarial dos jornalistas de MT e atividades carnavalescas da categoria na BA e em SC.

Sindicato do Espírito Santo repudia ameaça de vereador a jornalistas
Em nota emitida no dia 4 de fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo repudiou as ameaças do presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria de Jetibá, Nelson Miertschink (PSDB) aos jornalistas Pedro Callegario e Julio Huber, que atuam no jornal A Tribuna. Além de serem ameaçados verbalmente pelo presidente da Câmara Municipal, os profissionais, que apuravam informações sobre gastos com viagens dos vereadores, tiveram o carro de reportagem seguido e fotografado pelo motorista de Miertschink, que tentava impedir a publicação da reportagem. O Sindicato pediu providências do Ministério Público do Espírito Santo, dos órgãos policiais, dos demais vereadores do município e do PSDB.

Prefeitos do interior do Amazonas são denunciados por censura a blog
Os jornalistas Orlando Farias e Mário Dantas encaminharam ao Sindicato dos Jornalistas do Amazonas denúncia de que “Blog da Floresta”, do qual são editores, está sendo censurado nos municípios de Manacapuru, Tefé e Itacoatiara. Segundo eles, o fato foi apontado por leitores que não conseguem acessar o site a partir de seus computadores e dizem que os prefeitos dos três municípios teriam pressionado o provedor Amazônia Digital, responsável pelo acesso à internet ao interior do Amazonas, a impedir a chegada do sinal do “Blog da Floresta” aos referidos municípios. O site censurado é um espaço para denunciar desmandos do poder público. Um exemplo foi o estupro de uma menina de 13 anos cometido por um dos prefeitos, cujo processo tramita na Justiça do Amazonas. “O acesso à informação é um direito do cidadão assegurado pela Constituição brasileira. Portanto, condenamos qualquer tipo de censura que venha a ocorrer nesse sentido”, disse o presidente do Sindicato, Cesar Wanderley.

Sindicato de São Paulo e FENAJ repudiam cobertura tendenciosa da imprensa contra o MST
A cobertura tendenciosa de veículos de comunicação sobre as ações de movimentos sociais, particularmente referentes a conflitos agrários, foi alvo de nota de repúdio das direções do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e da FENAJ emitida no dia 8 de fevereiro. O protesto deve-se mais especificamente à cobertura da imprensa com relação à ocupação, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no final de 2009, de uma fazenda em Iaras, município da região de Bauru, em São Paulo.

Pertencente à União, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e alvo de litígio, a área grilada é usada pela empresa Sucocítrico Cutrale para o plantio de laranja. Na ocasião veículos de comunicação – principalmente a TV TEM, filiada à Rede Globo – mostraram imagens feitas pela Polícia Militar onde aparecia um trator derrubando pés de laranja, segundo a versão oficial. No dia 26 de janeiro a Polícia Civil prendeu militantes do MST supostamente envolvidos no caso. As prisões foram acompanhadas por emissoras de TV e jornais.

“É obrigação do jornalismo apresentar os argumentos de ambos os lados e não é o que –lamentavelmente – vê-se nas matérias sobre a prisão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, que são apresentados como usurpadores da propriedade alheia, sem que lhes fosse permitido o direito básico de se pronunciarem”, diz a nota, registrando que em raros momentos os veículos de comunicação informam que tratam-se de terras da União apropriadas por empresas privadas e que há uma disputa judicial sobre de quem é verdadeiramente a propriedade da terra.

Entidades solidarizam-se com Luiz Cláudio Cunha
Em nota oficial emitida no dia 5 de fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul e a Associação Riograndense de Imprensa (ARI), solidarizaram-se com o jornalista Luiz Cláudio Cunha, autor do livro “Operação Condor: O Sequestro dos Uruguaios”, lançado em 2008. Passados mais de 30 anos dos fatos, o profissional que denunciou o seqüestro em 1978 está sendo processado pelo ex-policial do DOPS gaúcho João Augusto da Rosa, codinome Irno. As entidades entendem que fatos como esse comprometem o livre exercício da profissão de jornalista, a liberdade de informação e a liberdade de expressão.

No MT categoria quer piso de R$ 2.600 e 20% de reajuste
Em assembléia realizada no dia 27 de janeiro, os jornalistas de Mato Grosso aprovaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2010. Entre as principais reivindicações constam um piso de R$ 2.600, além de reajuste linear de 20%. Para quem considerar a reivindicação exagerada, é bom saber que no Mato Grosso os jornalistas não têm piso salarial há 15 anos. Nos cálculos do Sindicato dos Jornalistas, nesse período os jornalistas perderam em poder de compra oito salários mínimos. A indignação dos jornalistas está estampada no slogan da campanha salarial: “15 anos sem piso, sem direitos, sem dignidade e agora sem diploma!”

Jornalistas da Bahia e Santa Catarina preparam-se para o Carnaval
A programação do Carnaval 2010 dos jornalistas prossegue nos próximos dias com atividades na Bahia e em Santa Catarina. Em Salvador, o Sindicato dos Jornalistas, em parceria com o Sindicato dos Fazendários do Estado, promove uma feijoada nesta sexta-feira (12/02), a partir das 13h, no Tropical Hotel da Bahia, no Campo Grande. Com o tema “Cê Faz Folia Tropical”, o evento será animado pelo cantor Jauperi e pelo DJ Hebert. Os jornalistas sindicalizados e em dia com o Sindicato dos Jornalistas da Bahia podem pegar a camiseta gratuitamente até quinta-feira pela manhã, na sede da entidade, que pede a cada colega que leve em troca uma lata de leite em pó, que será doada a uma instituição de caridade.

E em Santa Catarina o Carnaval dos Jornalistas será no sábado (13/02), a partir das 12h, no bar Kibelândia e na Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis. Ao custo de R$ 35,00 os interessados adquirem a camiseta do bloco “Pauta que Pariu”, que dá direito música, carreteiro, cerveja, água e refrigerante. E em Santa Catarina o Carnaval dos Jornalistas será no sábado (13/02), a partir das 12h, no bar Kibelândia e na Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis. Ao custo de R$ 35,00 os interessados adquirem a camiseta do bloco “Pauta que Pariu”, que dá direito música, carreteiro, cerveja, água e refrigerante. Pela primeira vez, em cinco anos consecutivos de carnaval, o “Pauta que Pariu”, elegerá a Rainha do Bloco, a Primeira Princesa e Segunda Princesa. Candidatas de todas as idades, entre jornalistas e estudantes de Jornalismo serão aceitas. Mais informações podem ser obtidas no Sindicato dos Jornalistas, pelo telefone (48) 3228-2500.