Apoiadores da Campanha em Defesa do Diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista foram às ruas em todo o País nesta terça-feira (31/3). O movimento reforça a reivindicação dos jornalistas brasileiros e da sociedade para que no julgamento, que começa quarta-feira (1º/4), os ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitem o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma. A mobilização ganhou eco na Câmara dos Deputados. Um Ato Público Nacional em frente ao STF e vigílias nos Estados marcarão o dia 1º de abril de 2009.
No Rio Grande do Sul, uma marcha em defesa do diploma movimentou algumas das principais ruas de Porto Alegre na manhã desta terça-feira. Dezenas de jornalistas, sindicalistas e estudantes se concentraram na Praça da Matriz, Centro da capital gaúcha, às 10 horas, e iniciaram uma caminhada de 2 quilômetros até a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No trecho, distribuíram panfletos e a edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, com matérias sobre a votação do Recurso Extraordinário nº 511.961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma para o exercício de Jornalismo.
Ao final da passeata, diversos oradores manifestaram a confiança de que o STF atenderá aos anseios da população, votando favoravelmente à manutenção do diploma. “Há 45 anos, tivemos um golpe que culminou em uma ditadura. Não queremos que outro golpe atinja a nossa democracia”, pediu o presidente do Sindicato gaúcho, José Nunes. O ato que mais emocionou os participantes foi quando o carro de som tocou o Hino Nacional Brasileiro. De imediato, todos se deram as mãos e cantaram o Hino. Houve atividades durante todo o dia em várias cidades gaúchas. Em Bagé, estudantes da Urcamp iniciaram, às 19 horas, uma caminhada pelas principais ruas da cidade. Uma delegação do RS já está em trânsito, rumo a Brasília.
Já em Santa Catarina, atividades também estão programadas para esta noite. Um debate e lançamento do livro Formação em Jornalismo – Uma exigência que interessa à sociedade, às 19 horas, no auditório da Fecesc, marcam este momento de luta em Florianópolis.
Em São Paulo, uma manifestação em Sorocaba, nesta terça-feira, reuniu estudantes, representantes de entidades e profissionais da imprensa na Câmara de Vereadores, em defesa da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A manifestação foi organizada pela Regional do Sindicato dos Jornalistas em parceria com a Associação Sorocabana de Imprensa (ASI), curso de Jornalismo Universidade de Sorocaba (Uniso) e Aliança Internacional dos Jornalistas pela Paz. O movimento recebeu o apoio de vereadores. Em Araçatuba, nesta noite, acontece movimentação na frente do Centro Universitário UniToledo. A votação, amanhã, poderá ser acompanhada em São Paulo pela TV Justiça, a partir das 14 horas, pela Net (canal 6), TVA (canal 69) e Digital (67). Nesta terça (31/3), às 21 horas, no Largo do Pará, em Campinas, uma delegação partirá para a manifestação em Brasília. Também sairá um ônibus de Piracicaba.
Várias atividades marcaram o dia no Paraná. Dezenas de estudantes e profissionais se reuniram hoje na Boca Maldita, em Curitiba, para o ato em defesa do diploma, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas. O protesto contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijus) e Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná. Os manifestantes, portando cartazes em defesa da regulamentação, distribuíram cerca de 3 mil panfletos entre as pessoas que passavam pelo local. Outro ato, em Cascavel, reuniu diversos profissionais em frente à Catedral da cidade, onde foi feita panfletagem e prestados esclarecimentos à população sob o risco da desregulamentação. Em Ponta Grossa, a manifestação durante a manhã começou no campus da UEPG e seguiu até o Centro da cidade, com participação também dos estudantes do curso de Jornalismo da Secal, numa mobilização que envolveu mais de 100 apoiadores.
Em Londrina, houve atividades na Câmara de Vereadores, onde o movimento recebeu o apoio de vários parlamentares, e uma manifestação em frente ao Fórum da cidade. Em Foz do Iguaçu, o ato estava marcado para as 18 horas, na Praça do Mitre. Em União da Vitória, o curso de Jornalismo da Uniuv realiza um ato a partir das 20h15, no pátio da faculdade. E em Guarapuava, amanhã à tarde, na Unicentro, onde a Rádio Universitária já vem divulgando a campanha pelo diploma, acontece um ato com panfletagem. A bancada petista na Assembléia Legislativa paranaense manifestou apoio ao movimento.
Em Goiânia, um ato público realizado em frente ao Tribunal de Justiça, marcou a terça-feira de jornalistas, professores e estudantes de Jornalismo dos cinco cursos existentes na capital. A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Jornalistas de Goiás e Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, contou com a presença maciça de profissionais e estudantes, que portavam faixas e cartazes defendendo a manutenção do diploma como exigência para o exercício da profissão e distribuíram panfletos à população, que se mostrou solidária. “Supremo Tribunal, o diploma é legal” foi a palavra de ordem bradada por todos, a todo instante. Embora não tenha participado do ato público, o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Paulo Teles, disse que a luta da categoria é “muito justa”, assim como o ex-deputado federal Vilmar Rocha, autor do substitutivo da Lei de Imprensa defendido pela FENAJ. Segundo ele, se existe curso superior, é “mais do que natural” que o diploma seja exigência básica para o exercício da profissão.
O último ato público no Ceará em defesa do diploma antes do julgamento do STF contou com a participação de cerca de 300 pessoas, entre estudantes e professores de Jornalismo e profissionais de redação e assessoria de imprensa. O ato, realizado na Praça da Imprensa, começou às 9 horas e terminou às 14 com uma passeata pelas ruas e avenidas próximas ao local de concentração. Uma performance da Trup Tramas de Teatro durante o ato fez alusão ao período ditatorial, alertando sobre a possibilidade de um novo golpe contra a sociedade, caso o diploma deixe ser pré-requisito para o exercício do Jornalismo.
Na Bahia, o Sindicato dos Jornalistas, a Regional do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, estudantes e profissionais realizaram nesta terça-feira, das 11 às 13 horas, manifestação em Salvador, com cerca de cem manifestantes, vestindo preto, em sinal de protesto, em frente ao Fórum Ruy Barbosa. Um carro de som, faixas e diplomas improvisados de jornais com fitas vermelhas compunham o cenário em frente ao maior símbolo da Justiça na Bahia, no Campo da Pólvora. A manifestação começou e terminou com a execução do Hino Nacional Brasileiro e uma roda emocionada batendo palmas à profissão.
Em outra atividade, representantes do Sindicato dos Jornalistas, professores e alunos de jornalismo da Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana (Unef) e da Faculdade Anísio Teixeira (FAT), uniram-se em manifestação pela defesa do diploma de Jornalismo e por uma legislação que possibilite ampla liberdade de impressa. O evento ocorreu pela manhã, na Câmara de Vereadores de Feira de Santana.
Reunidos em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia, noRio de Janeiro, jornalistas, professores e estudantes realizaram, nesta terça-feira, um ato público para chamar a atenção da população e sensibilizar os ministros do Supremo Tribunal Federal, a votarem contra o recurso que prevê o fim da obrigatoriedade do diploma em Jornalismo para o exercício da profissão. A manifestação teve a participação de representantes dos estudantes e professores das universidades UniCarioca, Sociedade Universitária Augusto Mota (Suam), Facha, Castelo Branco e Universidade Federal Fluminense (UFF). Realizado por iniciativa do Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município Rio, o ato público reuniu também representantes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio, Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, Ministério do Trabalho e da classe política.
No Rio Grande do Norte, houve atividades em faculdades e panfletagens em redações de Natal e Mossoró. Quinta-feira (2/4), a presidente Nelly Maia concederá entrevistas no programa Empresa & Empresários, da TV Record local (16 horas) e na TV Câmara (18 horas) destacando a importância do diploma.
Em Minas Gerais, a mobilização nos 31 cursos de Comunicação Social/Jornalismo existentes no Estado foi a tônica do dia, preparando a vigília desta quarta-feira (1º/4), a partir das 14 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas (Av. Álvares Cabral, nº 400, Centro). Representantes do Sindicato estão se deslocando para Brasília, onde participarão do Ato Público Nacional.
No Mato Grosso do Sul, há atividades esta noite em Campo Grande e em Dourados. Na capital, a manifestação, organizada pelo Sindicato dos Jornalistas, Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e coordenadores dos cursos de Jornalismo da UFMS, UCDB, Uniderp e Estácio de Sá acontece na Praça da República (Praça do Rádio Clube), a partir das 19 horas, na Concha Acústica, com show musical e participação de profissionais, professores e estudantes.
Já o Sindicato dos Jornalistas da Região da Grande Douradosrealiza, desde as 19 horas, visitas a professores e estudantes na Unigran. Atendendo ao pedido da entidade, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB/MS), usou a tribuna da Câmara dos Deputados nesta terça-feira para levar o apoio da população sul-matogrossense aos jornalistas de todo o Brasil. Destacou a tramitação do recurso contra o diploma e a arguição de inconstitucionalidade da Lei de Imprensa. “O tempo, portanto, é de nos solidarizarmos com essas duas questões defendidas pelos jornalistas brasileiros e que se mostram essenciais para a consolidação do nosso Estado democrático”, disse.
O Ato Público Nacional em Brasília, organizado pela FENAJ e Sindicato do Distrito Federal, começa às 13 horas desta quarta-feira (1º/03). O julgamento do STF pode ser acompanhado pelaTV Justiça.