No dia 18 de novembro as mulheres negras do Brasil marcharão na capital federal contra o racismo, a violência e pelo bem viver. As organizadoras da Marcha das Mulheres Negras 2015 pretendem reunir mais de 20 mil participantes nas atividades que acontecem no âmbito da Década Internacional dos Afrodescendentes 2015-2024, declarada pela ONU e no mês da Consciência Negra.
Representando cerca de 25% da população brasileira (mulheres pretas + pardas), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras vão marchar pela garantia de direitos conquistados, pelo direito à vida e à liberdade, por um país justo e democrático e por um modelo de desenvolvimento baseado na valorização dos saberes da cultura afro-brasileira.
Além de uma grande caminhada na Esplanada dos Ministérios, o movimento, que contará com a participação das Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial brasileiras e será reforçado com a participação de ativistas internacionais como as americanas Ângela Davis, Bell Hooks e a sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuk, que é diretora-executiva da ONU Mulheres, será recebido no Senado, Câmara dos Deputados e terá audiência com a presidenta Dilma Rousseff.
“Tudo já foi pautado e reivindicado. A marcha tem caráter declaratório, de reafirmação de nossas necessidades, nossos pleitos e urgência nas ações políticas e sociais que efetivamente atendam às mulheres negras deste país”, explica uma das organizadoras da marcha, a professora e escritora Ana Gomes, do Fórum de Mulheres Negras do Estado do Rio de Janeiro.
“Convidamos todas as mulheres negras brasileiras para construir e participar da Marcha das mulheres negras. Nosso objetivo, entre outros, é dar maior visibilidade a situação de opressão secular da mulher negra, homenagear nossas ancestrais e exigir do Estado brasileiro, bem como de todos os setores da nossa sociedade, respeito e compromisso com a promoção da equidade racial e de gênero, a fim de que possamos exercer plenamente os nossos direitos como cidadãs brasileiras e construtoras históricas deste país chamado Brasil”, convoca o Comitê Impulsor da Marcha das Mulheres Negras 2015.
Com informações da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro (Cojira-Rio) e do site da Marcha das Mulheres Negras