Presidenciáveis participam do maior evento dos Jornalistas brasileiros

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Já está tudo pronto para o 32º Congresso Nacional dos Jornalistas, que conta com mais de 600 inscritos. Além de debater a liberdade de imprensa e a democratização da comunicação, o Congresso espera receber os candidatos à presidência da República. Todos foram convidados e o primeiro a ser entrevistado é o ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação do Governo Lula, Cristovam Buarque, no dia 6, às 13h. A Senadora Heloísa Helena também deve participar.

A abertura oficial do 32º Congresso Nacional dos Jornalistas será no dia 5 de julho, às 20h, com a conferência “Mídia e Poder”, proferida pela filósofa Marilena Chauí. Estão programadas entrevistas coletivas com os candidatos à presidência da República. O senador Cristovan Buarque (PDT/DF) será o primeiro. Após exporem suas propostas para a área de comunicação, os candidatos concederão entrevistas a congressistas. As entrevistas serão publicadas no sitewww.fenaj.org.br.

Temas como a criação do Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ), Lei de Imprensa, TV Digital, o Código de Ética dos Jornalistas, mercado de trabalho e formação profissional também são destaques da programação, que contará, ainda, com grupos temáticos e oficinas. A programação completa pode ser acessada clicando aqui.

FNPJ coordena Grupo Temático para Professores de Jornalismo
Os professores de Jornalismo terão uma sessão especial para debates e organização durante o 32º Congresso Nacional dos Jornalistas. Será um Grupo Temático, sob a coordenação do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, para discutir Reforma Universitária, Avaliação dos Cursos de Jornalismo, Estágio, Ensino de Ética Jornalística, entre outros temas. A sessão está marcada para 7 de julho, às 15 horas. 

Homenagem
O homenageado durante o evento será o jornalista Daniel Herz, falecido no dia 30 de maio, aos 51 anos, vítima de câncer. Herz foi o primeiro coordenador do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Autor do livro “A história secreta da Rede Globo”, foi professor e chefe do departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (1980-1984). Foi também Coordenador da Frente Nacional de Luta por Políticas Democráticas de Comunicação (1984-1985) e da campanha da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) no Congresso Constituinte (1987-1988). Ex-Diretor da FENAJ, Daniel será homenageado com um vídeo e um jornal especial produzidos pela UFSC, com o apoio da Federação.

Lançamentos
Na quinta-feira, 6, será lançado o prêmio CNT de Jornalismo 2006. A Confederação Nacional de Transporte busca, por meio do prêmio, destacar a importância do setor de transportes para o país. E na sexta, 7, haverá a entrega do Prêmio Confea de Jornalismo 2006. Este ano o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia escolheu como tema o “Compromisso social – desafio e oportunidade profissional”.

Haverá, também, o lançamento de livros dos jornalistas Nilmário Miranda, deputado federal pelo PT de Minas em seu terceiro mandado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Nilmário lança “Por que Direitos Humanos?”. O repórter fotográfico Harley Carneiro, também diretor de cinema, lança seu livro de contos “Mulher & Livraria”. O jornalista Lucas Figueiredo, repórter especial do Estado de Minas e do Correio Brasiliense, autor de “Morcegos negros: PC Farias, Collor, máfias e a história que o Brasil não conheceu”, participa do debate sobre liberdade de imprensa.

Exposição
O cartunista Lute, do Jornal em Hoje (BH), vai ser o curador de uma exposição com mais de 100 desenhos dos maiores nomes do Cartum no Brasil, entre eles Henfil, Nilson, Duke, Quinho, Cau Gomez, o premiadíssimo Dálcio, de São Paulo, Rodrigo Rose, de Porto Alegre, Samuca e Lin de Pernambuco, Mariano, do Rio, Jota A, do Piauí, Leite, de Montes Claros (MG), entre vários outros, além do próprio Lute, a maioria com desenhos premiados no Brasil e no exterior. 

Lute e Guz também participam do IV Encontro Nacional dos Jornalistas de Imagem, dia 5, de 9h às 18h, falando sobre a qualidade do cartum brasileiro, que é um dos mais respeitados do mundo.

Ouro Preto respira história
Maior conjunto homogêneo de arquitetura barroca do Brasil, Ouro Preto está encravada entre as montanhas de Minas Gerais. No auge do ciclo do ouro, foi construída por artistas e escravos, que dos modelos europeus criaram um estilo nacional. Em 1938, o poeta Manuel Bandeira escreveu: “Não se pode dizer de Ouro Preto que seja uma cidade morta. (…) Ouro Preto é a cidade que não mudou, e nisso reside seu incomparável encanto”. Nesse mesmo ano a cidade foi tombada como Patrimônio Nacional, num movimento nacional de proteção à memória cultural que começara com os modernistas, ainda na década de 1920, e culminara com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1937. Em 1933, Ouro Preto foi considerada “Monumento Nacional” e, em 1980, veio o reconhecimento internacional: a cidade foi declarada pela Unesco Patrimônio Cultural da Humanidade.